Influência do suporte nutricional profissional no perfil alimentar de mulheres praticantes de musculação
Por Julia Pelli Canhestro (Autor), Ana Luísa Domingues Carvalhaes (Autor), Francisco de Assis Dias Martins Júnior (Autor), Marcos Daniel Motta Drummond (Autor).
Em Lecturas: Educación Física y Deportes v. 29, n 321, 2025.
Resumo
Hábitos alimentares adequados e estratégias alimentares personalizadas, combinados com treinamento de força, podem prevenir deficiências nutricionais, otimizar o metabolismo, aumentar a força e melhorar a composição corporal. O presente estudo tem como objetivo caracterizar e analisar como o suporte nutricional profissional influencia o perfil alimentar e o balanço energético (EE) de mulheres praticantes de treinamento de força. Este estudo transversal incluiu 64 mulheres, divididas em quatro grupos: HiperCon (com monitoramento nutricional, meta de hipertrofia), PerCon (com monitoramento nutricional, meta de perda de peso), HiperSin (sem monitoramento nutricional, meta de hipertrofia), PerSin (com monitoramento nutricional, meta de perda de peso). O perfil alimentar e o gasto energético total (GET) foram avaliados por meio de um recordatório alimentar de 24 horas e um diário de atividade física. A análise estatística utilizou ANOVA unidirecional (α=0,05) e teste post hoc de Tukey para comparar os grupos. Não houve diferenças significativas no GET entre os grupos, embora variações individuais tenham sido observadas. Diferenças significativas (p<0,05) foram encontradas em BE, ingestão calórica e macronutrientes. O grupo HiperCon apresentou maior ingestão calórica em comparação aos grupos PerCon (p=0,006) e PerSin (p=0,011), além de diferenças no EE entre PerCon e HiperCon (p=0,006) e entre HiperCon e PerSin (p=0,008). . O HiperCon apresentou as maiores médias de macronutrientes. O estudo destaca a importância do suporte nutricional profissional para mulheres praticantes de musculação, com perfil alimentar e balanço energético parcialmente adequados às recomendações nutricionais, principalmente em mulheres com acompanhamento nutricional.
Referências
Português Ainsworth, BE, Haskell, WL, Whitt, MC, Irwin, ML, Swartz, AM, Strath, SJ, O'Brien, WL, Bassett, DR, Schmitz, KH, Emplaincourt, PO, Jacobs, DR, e Leon, AS (2000). Compêndio de atividades físicas: uma atualização de códigos de atividade e intensidades MET. Medicina e ciência em esportes e exercícios, 32(9 Supl), S498-S504. https://doi.org/10.1097/00005768-200009001-00009
Almeida, JC de, Rodrigues, TC, Silva, FM, & Azevedo, MJ de (2009). Revisão sistemática de dietas de emagrecimento: papel de dois componentes dietéticos. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 53, 673-687. https://doi.org/10.1590/S0004-27302009000500020
Colégio Americano de Medicina Esportiva (2009). Nutrição e Desempenho Atlético. Medicina e Ciência em Esportes e Exercícios, 41(3), 709-731. https://doi.org/10.1249/mss.0b013e31890eb86
Colégio Americano de Medicina Esportiva (2016). Nutrição e desempenho atlético. Medicina e Ciência em Esportes e Exercícios, 48(3), 543-568. https://doi.org/10.1249/mss.0000000000000852
Borruel Abadía, M., Moreno Sancho, ML, Carrera Juliá, S., & Drehmer Rieger, E. (2020). Comparação do efeito da dieta cetogênica e da dieta rica em carboidratos no aumento da massa e força muscular. Nereis. Revista Ibero-Americana Interdisciplinar de Métodos, Modelagem e Simulação, 12, 127-135. https://doi.org/10.46583/nereis_2020.12.476
Cavalcante, E. de O., & Matos, MRT (2022). Conhecimento em nutrição para o esporte e consumo de suplementos por praticantes de musculação em uma rede de academias. Medicina (Ribeirão Preto), 55(3). https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2022.184023
Churchward-Venne, TA, Murphy, CH, Longland, TM e Phillips, SM (2013). Papel da proteína e dos aminoácidos na promoção do aumento de massa magra com exercícios de resistência e na atenuação da perda de massa magra durante o déficit energético em humanos. Aminoácidos, 45(2), 231-240. https://doi.org/10.1007/s00726-013-1506-0
Claro, RM, Santos, MAS, Oliveira, TP, Pereira, CA, Szwarcwald, CL, & Malta, DC (2015). Consumo de alimentos não saudosos relacionados a doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(2), 257-265. https://doi.org/10.5123/s1679-49742015000200008
Conselho Nacional de Saúde (2012). Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Diário Oficial da União. https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
Donatto, DKF, Silva, L. da, Alves, SC, Porto, E., & Donatto, FF (2008). Perfil antropométrico e nutricional de mulheres praticantes de musculação. RBONE - Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, 2(9). https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/82
Dumas, A.-A., & Desroches, S. (2019). Uso de mídias sociais por mulheres: quais são as evidências sobre seu impacto no controle de peso e na imagem corporal? Relatórios atuais de obesidade, 8(1), 18-32. https://doi.org/10.1007/s13679-019-0324-4
Esco, M. (2013). Treinamento de resistência para saúde e condicionamento físico. Colégio Americano de Medicina Esportiva. https://www.prescriptiontogetactive.com/static/pdfs/resistance-training-ACSM.pdf
Fisberg, RM, Marchioni, DML e Colucci, ACA (2009). Avaliação do consumo alimentar e da ingestão de nutrientes na prática clínica. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 53(5), 617-624. https://doi.org/10.1590/s0004-27302009000500014
Fonseca, CC, Kuroda, LK, & Dacar, M. (2014). Influência da manipulação de variações do treinamento de força nos parâmetros de composição corporal. RBPFEX - Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 8(43). https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/573
