Influência do Treinamento Aeróbio nos Mecanismos Fisiopatológicos da Hipertensão Arterial Sistêmica
Por Francisco Luciano Pontes Junior (Autor), Jonato Prestes (Autor), Richard Diego Leite (Autor), Daniel Rodriguez (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciências do Esporte v. 32, n 4, 2010. Da página 229 a 244
Resumo
O objetivo da presente revisão foi discutir as principais influências do exercício aeróbio nos mecanismos fisiopatológicos da hipertensão sistêmica. A hipotensão pós-exercício (HPE) resulta de uma redução persistente na resistência vascular periférica (RVP), mediada pelo sistema nervoso autônomo e por substâncias vasodilatadoras. A diminuição da pressão arterial com o treinamento crônico ocorre pela diminuição da RVP e do débito cardíaco em repouso, por meio da redução da atividade neural simpática e do aumento da sensibilidade barorreflexa. Além disso, o exercício crônico pode promover redução da concentração de catecolaminas, melhora do perfil metabólico, afetar a atividade funcional do endotélio vascular e promover mudanças positivas na composição corporal. Desse modo, a inclusão do exercício físico aeróbio é fortemente recomendada como estratégia não farmacológica para o tratamento da hipertensão, não apenas pelo efeito benéfico na pressão arterial, bem como na redução de fatores de risco cardiovasculares.