Resumo

O objetivo da presente revisão foi discutir as principais influências do exercício aeróbio nos mecanismos fisiopatológicos da hipertensão sistêmica. A hipotensão pós-exercício (HPE) resulta de uma redução persistente na resistência vascular periférica (RVP), mediada pelo sistema nervoso autônomo e por substâncias vasodilatadoras. A diminuição da pressão arterial com o treinamento crônico ocorre pela diminuição da RVP e do débito cardíaco em repouso, por meio da redução da atividade neural simpática e do aumento da sensibilidade barorreflexa. Além disso, o exercício crônico pode promover redução da concentração de catecolaminas, melhora do perfil metabólico, afetar a atividade funcional do endotélio vascular e promover mudanças positivas na composição corporal. Desse modo, a inclusão do exercício físico aeróbio é fortemente recomendada como estratégia não farmacológica para o tratamento da hipertensão, não apenas pelo efeito benéfico na pressão arterial, bem como na redução de fatores de risco cardiovasculares.

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