Influência do treinamento crônico de flexibilidade sobre as variáveis isocinéticas: um ensaio clínico randomizado
Por Berlis Ribeiro dos Santos Menossi (Autor), Ana Carolina de Jacomo Claudio (Autor), Caroline Coletti de Camargo (Autor), Afonso de Mello Tibúrcio (Autor), Rafaela Maria de Souza (Autor), Otávio Henrique Borges Amaral (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 28, n 1, 2023.
Resumo
Nos últimos anos, muitos estudos foram realizados com o intuito de comprovar a eficácia de protocolos de alongamentos agudos sobre as habilidades motoras de força e potência muscular, no entanto seus efeitos crônicos ainda não foram totalmente elucidados na literatura. O objetivo do presente estudo foi verificar a influência de um protocolo de alongamento ativo estático crônico dos músculos quadríceps e isquiostibiais sobre a flexibilidade e as variáveis isocinéticas de força e potência em adultos praticantes de musculação, durante 12 semanas. Trata-se de um ensaio clínico randomizado (parecer número: 2.697.277), no qual a amostra foi composta por 20 adultos do sexo masculino, praticantes de musculação há no mínimo três meses. Os participantes foram avaliados quanto ao peso e altura, força muscular da articulação do joelho (utilizando dinamômetro isocinético Biodex Multi-Joint Pro), teste de flexibilidade e avaliação de composição corporal. A intervenção foi aplicada após a realização do treinamento muscular e consistiu em um programa de alongamentos estáticos ativos para os músculos isquiotibiais e quadríceps, após o treinamento de força, durante um período de 12 semanas. Observou-se um aumento para todas as variáveis de flexibilidade do grupo intervenção, além de promover um aumento significativo das variáveis de pico de torque do membro dominante e não dominante na extensão e de potência do membro dominante e não dominante na extensão e do membro dominante na flexão. Conclui-se que os exercícios de alongamento foram benéficos para o ganho de flexibilidade, além de constatar uma melhora nas variáveis isocinéticas do grupo intervenção nos membros dominante e não dominante em relação ao grupo controle.