Influência do Treinamento de Agilidade e com Dupla Tarefa na Função Física de Idosos
Por Vivian Castillo de Lima (Autor), Luz Albany Arcila Castaño (Autor), Isadora Cristina Ribeiro (Autor), Marco Carlos Uchida (Autor), Luis Felipe Milano Teixeira (Autor).
Resumo
Introdução: Idosos podem apresentar vulnerabilidade quanto a função física e capacidade cognitiva. As atividades físicas podem minimizar alguns efeitos negativos do envelhecimento; e ainda aquelas realizadas em Dupla Tarefa (DT) são importantes para a vida diária do idoso, pois exploraram a atenção, controle motor e postural simultaneamente. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de dois protocolos de treinamento de agilidade, com e sem DT, na função física de idosos. Metodologia: Dezessete idosas e idosos robusto, divididos em dois grupos: i) Grupo de Agilidade usando a Escada de Agilidade (EA) no solo (GA; n=8; 66,6±5,7 anos) e; ii) Grupo de DT a partir da EA mais a verbalização de palavras específicas (GDT; n=9; 66,7±4,5 anos). Ambos grupos realizaram intervenções de 2 vezes/semana, com um total de 12 sessões de 30 minutos de treinamento, totalizando seis semanas. A sessão foi desenvolvida com 4 séries de 2 minutos com pausa de 1 minuto; o idoso foi instruído a realizar o mais rápido possível cada série e de forma correta. Os participantes foram avaliados pré e após período de intervenção; através de cinco testes físicos/funcionais. Foram: a) Timed Up and Go (TUG); b) TUGcognitivo; c) sentar e levantar 5 vezes (SL5) (potência); d) teste de Illinois (agilidade), e) equilíbrio unipodal. Os dados foram analisados estatisticamente através do Teste Wilcoxon, considerado estatisticamente significativo p<0,05. Resultados: As diferenças encontradas entre o momento pré e pós intervenção foram: a) TUG, melhora em ambos, GA (p=0,007) e GDT (p=0,003); b) TUGcognitivo, apenas GDT (p=0,003); c) SL5 (potência), melhora em ambos, GA (p=0,007) e GDT(p=0,003); d) teste de Illinois de agilidade, apenas GA (p=0,023); e) equilíbrio unipodal, apenas GDT (lado direito: p=0,031, e esquerdo: p=0,039); Porém, não foram encontradas diferenças quando comparado os grupos (GA e GDT). Considerações Finais: o equilíbrio dinâmico (TUG) e a potência (SL5) tiveram melhoras em ambos os grupos; porém o teste de agilidade (Illinois) foi superior para o grupo GA, possivelmente em função da sua execução mais simples e física; já o equilíbrio estático unipodal e TUGcognitivo melhorou apenas no grupo com dupla tarefa, demonstrando que a especificidade do treinamento pode ter uma real interferência nos resultados, mesmo em uma intervenção de curta duração e com idosos(as) robustos. Assim, conclui-se que protocolos de treinamento de agilidade, com ou sem DT, são capazes de desenvolver capacidades físicas importantes aos idosos.