Resumo


O objetivo do presente estudo foi analisar o impacto de oito semanas de um programa de treinamento de força sobre a estratégia de prova e o desempenho de corredores de longa distância durante uma prova contrarrelógio de 10 km. Antes e após a fase de intervenção com o programa de treinamento de força, dezoito corredores recreacionais divididos nos grupos treinamento (GT) (n = 9) e controle (GC) (n = 9) foram submetidos aos seguintes testes: a) antropometria e teste progressivo até a exaustão voluntária, b) teste com velocidade submáxima constante, c) simulação de uma prova de 10 km para análise da estratégia de prova, d) teste de drop jump, e) teste de wingate, f) teste de uma repetição máxima (1RM) e g) teste de tempo limite. A atividade eletromiográfica dos músculos vasto medial e bíceps femoral foi medida durante o teste de 1RM. No GT, a magnitude de melhora para o 1RM (23,0 ± 4,2%, P = 0,001), drop jump (12,7 ± 4,6%, P = 0,039), e velocidade de pico na esteira (2,9 ± 0,8%, P = 0,013) foi significativamente maior em relação ao GC. Este aumento do 1RM para o GT foi acompanhado por uma tendência a uma maior atividade eletromiográfica (P = 0,080). A magnitude de melhora no desempenho na prova de 10 km foi maior (2,5%) no GT que no GC (-0,7%, P = 0,039). O desempenho foi melhorado principalmente devido a velocidades mais elevadas durante as últimas sete voltas (últimos 2800 m) da prova de 10 km. No entanto, não houve diferenças significativas antes e após o período de treinamento para o padrão de estratégia de prova utilizada, consumo máximo de oxigênio, ponto de compensação respiratória, economia de corrida e desempenho anaeróbio para ambos os grupos (P > 0,05). Em conclusão, estes resultados sugerem que, embora um programa de treinamento de força não altere a estratégia de prova adotada, ele oferece um potente estímulo para combater a fadiga durante as últimas partes de uma corrida de 10 km, resultando em um melhor desempenho total
 

Acessar Arquivo