Influência do Treinamento Funcional na Autonomia de Idosos
Por Manoel da Cunha Costa (Autor), D. F. Cardoso (Autor), M. R. Portelo (Autor), E. P. Manoel (Autor), H. Miguel (Autor), G. C. Martins (Autor), F. P. Abreu Neto (Autor), M. V. A. Campos (Autor).
Resumo
É crescente o número de idosos no Brasil e no mundo, sendo que o envelhecimento trás como consequência a perda de algumas capacidades físicas e motoras fundamentais a qualidade de vida e a autonomia, sendo um dos maiores influenciadores, minimizando a diminuição das perdas funcionais e até mesmo melhorando a capacidade funcional desta população. Assim, é fundamental o desenvolvimento de metodologias que melhor instrumentalizem os profissionais de educação física a trabalharem com essa população especifica, sendo uma destas o treinamento funcional. Portanto, objetivando verificar a influência de um programa de treinamento funcional sobre capacidades físicas e motoras que influenciam na autonomia de idosas, 10 mulheres, com idade entre 60 e 70 anos, sem nenhum tipo de lesão musculoesquelética e/ou doença que impedisse ou prejudicassem a realização dos testes propostos, foram orientadas com relação ao estudo e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, para a realização da pesquisa. Posteriormente, foram submetidas a bateria de testes proposta pela American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance (AAHPERD) e em seguida iniciaram um programa de treinamento funcional, cujos exercícios objetivavam melhorar as capacidades físicas e motoras influenciadoras da autonomia dos mesmos. Desta forma, após realizarem o programa de treinamento por seis meses, as mesmas idosas foram novamente avaliadas pela bateria de teste da AAHPERD, sendo os dados submetidos a análise estatística. Os resultados indicaram que o índice de aptidão funcional geral (IAFG) após a realização do programa de treinamento se mostrou melhor do que o avaliado antes do programa de treinamento funcional, sendo ainda observada melhoria em todas as capacidades avaliadas: força muscular, capacidade aeróbia, coordenação motora, flexibilidade, agilidade e equilíbrio dinâmico, com destaque para a coordenação motora e a força muscular que se mostraram significativamente melhores do que no período pré-treinamentos. Quando comparado a outros trabalhos que utilizaram outras metodologias de treinamento, os resultados deste trabalho indicaram que o treinamento funcional foi capaz de evoluir uma gama maior de capacidades físicas e motoras. Assim, conclui-se que o treinamento funcional é uma ferramenta eficaz na melhoria da autonomia de idosos, entretanto, recomenda-se a realização de mais estudos a fim de melhor observar a influência do treinamento nesta população.