Influência dos Níveis de Força na Execução do Salto de Mãos
Por Carlos Manuel Araújo (Autor), Eduardo Oliveira (Autor), Manuel Ferreira da Conceição Botelho (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: Este trabalho teve por objectivo a determinação da relação
entre os valores das diferentes manifestações de força e os níveis de
performance em Ginástica Artística Masculina. Este estudo vai de encontro
a determinadas conclusões que nos disseram que devem ser determinadas
e quantificadas, para cada gesto técnico, as suas componentes críticas ou
variáveis de execução antes de ser estabelecido qualquer processo de treino
(SANDS, 2003; FRENCH et al, 2004; MADOUGALL et al, 1995). Material e
métodos: A amostra foi constituída por 8 ginastas de idades compreendidas
entre os 8 e 12 anos. Os ginastas realizaram 4 testes motores: 1 Repetição
Máxima (RM) na "Bench Press"; Flexões, Flexões em Apoio Facial Invertido
e "Pino com ressalto" no Ergojump. Realizaram também um salto de mãos,
sendo posteriormente avaliados e classificados por juizes com uma nota
compreendida entre 1 e 5. Resultados: Os principais resultados evidenciaram
uma correlação estatisticamente significativa de 75% entre a execução do
salto de mãos e os índices de força máxima. Obtivemos também uma relação
de 60% entre a execução de salto de mãos e a força relativa. Outros dados
obtidos foram as correlações entre flexões em AFI e o "ressalto para pino"
no ergojump e as flexões e o "ressalto para pino" no ergojump. As
correlações obtidas foram de 50,2% e 48,6%, respectivamente. Um outro
resultado obtido por nós foi a correlação entre os resultados do teste de 1
RM e os resultados obtidos do teste de flexões/extensões. O valor obtido
foi de 49%, está ainda um pouco longe do obtido por BAKER (2004).
Conclusões: As principais conclusões dizem-nos que existe uma forte
afinidade entre a execução do salto de mãos e os níveis de força apresentados
pelos ginastas.