Resumo
O objetivo deste estudo foi comparar a influência do treinamento de força e potência muscular sobre a capacidade de manter e recuperar o equilíbrio e sobre a funcionalidade de mulheres idosas. Trinta e sete idosas voluntárias no estudo foram divididas em três grupos, o grupo força (GF) (n=14; 69 ± 7,2 anos; 72,0 ± 9,7 kg); grupo potência (GP) (n=12; 67 ± 7,4 anos; 67,2 ± 7,0 kg) e o grupo controle (GC) (n=15; 65 ± 3,1anos; 70,9 ± 8,0 kg). Os grupos foram analisados antes e após um programa destinado a melhora da funcionalidade muscular dos membros inferiores. A força isométrica máxima, a força dinâmica máxima e a taxa de desenvolvimento de torque foram avaliados. Além disso, o equilíbrio estático e dinâmico também foram determinados. O equilíbrio estático foi determinado em uma postura ereta e quieta, enquanto o equilíbrio dinâmico foi quantificado por meio do teste da velocidade do passo para frente. Uma série de testes funcionais também foram aplicados antes e após o treinamento. Os grupos experimentais foram submetidos a 12 semanas de treinamento, onde um grupo treino força e o outro grupo treinou potência. O treinamento consistiu de três sessões semanais, e a intensidade dos exercícios variou de 40% a 65% para o GP e 60% a 80% para o GF. Os participantes do grupo controle, apenas participaram das sessões de avaliação e foram convidados a não aderirem a qualquer programa de atividade física durante o periodo do estudo. Após o treinamento, a força dinâmica e isométrica do GF e GP apresentaram um aumento similar (p<0,05). O GP apresentou mudanças na taxa de desenvolvimento de torque de extensão do quadril e os músculos de extensão do joelho após o treinamento (p<0,05). Não foram encontradas alterações no grupo controle. O GP mostrou um menor tempo de teste do passo e um melhor desempenho no teste de sentar e levantar da cadeira (p<0,05). Treinamento de força e potência produziram respostas semelhantes no equilíbrio estático. Os resultados sugerem que a potência muscular é mais eficaz do que a força para melhorar a recuperação do equilíbrio após uma perturbação. Porém, os testes funcionais não apresentaram diferenças após o treinamento de força e potência que possam determinar qual o treinamento foi mais efetivo para a melhora da funcionalidade.