Influência da Estimulação Aquática no Desenvolvimento de Crianças de 0 a 18 Meses: Um Estudo Piloto
Por Jaqueline de Oliveira Silva (Autor), Júlia Caetano Martins (Autor), Rosane Luzia de Souza Morais (Autor), Wellington Fabiano Gomes (Autor).
Em Fisioterapia e Pesquisa v. 16, n 4, 2009. Da página 335 a 340
Resumo
O desenvolvimento humano envolve fatores biológicos e ambientais que interagem de forma dinâmica e complexa ao longo da vida. Para alguns autores, o meio aquático pode oferecer diversos benefícios ao desenvolvimento infantil; no entanto, estudos sobre estimulação aquática e desenvolvimento típico são escassos. O objetivo deste estudo foi verificar a influência de um programa de estimulação aquática no desenvolvimento de crianças de 0 a 18 meses, com ênfase no desenvolvimento motor. Participaram do estudo 12 crianças de classe média com nível de escolaridade materna igual ou superior a ensino médio completo. As crianças foram submetidas a uma avaliação antes e após um programa de estimulação aquática de 50 minutos por semana, durante quatro a oito semanas. A avaliação consistiu na aplicação de dois testes: Denver II, para avaliar desenvolvimento global, e a escala motora infantil de Alberta (Aims), para avaliar desenvolvimento motor amplo. Os dados foram tratados estatisticamente. Não foram encontradas diferenças significativas entre os resultados dos testes antes e após o programa. Portanto, o programa de estimulação aquática infantil não teve influência nas áreas de desenvolvimento avaliadas. Embora o ambiente aquático forneça muitos benefícios para a criança, este estudo não permite afirmar que o estímulo precoce nesse meio favoreça o desenvolvimento infantil. Requerem-se novos estudos, com maior tempo de intervenção, grupo controle e maior número de participantes.