Resumo

Em saltos verticais é comum a verificação do déficit de força bilateral. Essa é caracterizada pela menor força gerada em contrações bilaterais, quando comparada à soma das contrações unilaterais dos mesmos músculos. Pouco se conhece sobre o efeito da fadiga unilateral sobre atividades bilaterais. O objetivo do estudo foi verificar o efeito da fadiga unilateral sobre o rendimento e o déficit bilateral durante saltos verticais bipedais. Dez adultos jovens sedentários fatigaram unilateralmente cada membro inferior e realizaram saltos verticais (bipedal e unipedal). Foram medidas a força de reação do solo vertical e a atividade mioelétrica de cada membro em cada condição (pré-fadiga, fadiga do membro dominante (FD) e não dominante (FND)). Houve diferença entre tarefas e condições apenas na pré-fadiga (p = 0,030). Verificaram-se diferenças para o salto bipedal entre a condição de pré-fadiga e FD (p = 0,005), e no salto unipedal, entre a pré-fadiga e FD (p < 0,001) e FND (p < 0,001). Apenas durante a condição de FD houve alteração no desempenho dos saltos bipedais, tendo maior influência no desempenho dos saltos. Observou-se tendência de diminuição do índice de assimetria para a ação muscular do membro contralateral fatigado, observado através de eletromiografia. Através dos dados sugere-se que exista um comando comum onde o sistema nervoso considere os músculos ativados simultaneamente como uma unidade, exceto em condições de fadiga unilateral.

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