Resumo

Lesões no manguito rotador levam à perda de força e função da articulação do ombro. Assim, é fundamental avaliar a funcionalidade do membro afetado após a cirurgia e o programa de fisioterapia para se identificar possíveis alterações remanescentes da lesão. O objetivo do presente estudo foi verificar se há alteração na ativação muscular durante o movimento de abdução do ombro dependendo da intensidade de exercício para indivíduos que passaram por cirurgia de reparo por espessamento do tendão do músculo supra-espinhoso. Para isso foram analisados os músculos, deltóide anterior, deltóide médio, deltóide posterior, trapézio superior e bíceps braquial durante a abdução isométrica do ombro no plano escapular em dois grupos de 10 indivíduos, controle e cirurgia. Primeiramente foi aplicado o questionário Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand questionnaire (DASH) (somente para o grupo pós-cirurgia) e em seguida a contração isométrica voluntária máxima e quatro cargas referentes a mesma (20, 30, 40 e 50%). A atividade elétrica dos indivíduos foi comparada entre eles, assim como a tentativa de determinação do limiar de fadiga eletromiográfico (LFEMG).Osresultados mostraram que há diferença estatisticamente significante ao longo do tempo para o músculo deltóide anterior no grupo cirurgia e trapézio superior no grupo controle. Dos 200 valores de LFEMGobtidos do total da amostra, apenas 4 se adequaram aos critérios pré-estabelecidos. Conclui-se que o grupo cirurgia não apresentou destacada atividade de trapézio superior, diferente do grupo controle, o que sugere uma falta de estabilização da escápula durante o movimento de abdução do ombro. Não foram obtidos valores válidos para determinação do limiar de fadiga eletromiográfico. 

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