Influência da Inulina na Permeabilidade de Filmes Isolados de Etilcelulose

Polímeros encontram elevada aplicação nas formulações farmacêuticas. Garantindo proteção do fármaco contra fatores ambientais associado a perspectiva do desenvolvimento de revestimentos com características de dissolução compatíveis com diferentes regiões do TGI, constitui fonte promissora de investigação na P&D de novos materiais poliméricos e patentes. Entre os polímeros mais utilizados com o propósito de revestimento farmacêutico, destaca-se a etilcelulose (EC) em base aquosa (pseudolátex) denominada Sureleaseâ, a qual proporciona maior segurança e menor risco de contaminação ambiental. A inulina (INU) é encontrada no alho, cebola, alcachofra e chicória, constitui carboidrato de estocagem, formada por moléculas de glico-frutose. A liberação do fármaco é determinada pelas propriedades de permeabilidade do filme aplicado como revestimento ou pela dissolução deste nos fluídos do TGI. Esta proposta investigou a permeabilidade da cafeína em filmes de EC associadas a INU em diferentes fluídos de simulação: gástrica (FSG) por 2 horas e intestinal (FSI) por 4 horas. Os filmes foram aprisionados em câmara de difusão modelo SartoriusÒ (SM-16750), alíquotas foram retiradas do meio receptor, determinando espectroscopicamente a quantidade de cafeína que migrou em função do tempo. Os resultados obtidos sugerem que as membranas compostas por EC associada a INU nas concentrações 90:10 e 80:20 respectivamente, apresentaram perfil de baixa difusão ao fármaco comparada ao controle (EC), apresentando resultados promissores, considerando que materiais ideais para revestimento farmacêutico voltados à liberação controlada, devem apresentar baixa permeabilidade, garantindo a não liberação prematura do fármaco contido no sistema reservatório. Novos ensaios utilizando fluídos de simulação colônica na presença de enzimas especificas à INU estão em andamento.