Resumo

RESUMO – A historiografia no campo da educação física tem afirmado, em vários estudos, a prerrogativa dos militares na educação por meio da educação física. Desde o século XVIII, encontram-se propostas precursoras de um tipo de Educação Física que se tornaria em modelo pedagógico para os séculos seguintes: a gymnastica, constituída como um conjunto de exercícios organizados com o objetivo de cuidar do corpo.

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INFLUENCIA MILITAR NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

IHGM / ALL

vazleopoldo@hotmail.com

RESUMO – A historiografia no campo da educação física tem afirmado, em vários estudos, a prerrogativa dos militares na educação por meio da educação física. Desde o século XVIII, encontram-se propostas precursoras de um tipo de Educação Física que se tornaria em modelo pedagógico para os séculos seguintes: a gymnastica, constituída como um conjunto de exercícios organizados com o objetivo de cuidar do corpo.

EDUCAÇÃO FÍSICA. INFLUENCIA MILITAR. HISTÓRIA

A historiografia no campo da educação física tem afirmado, em vários estudos, a prerrogativa dos militares na educação por meio da educação física (FINOCCIO, 2013). Desde o século XVIII, encontram-se propostas precursoras de um tipo de Educação Física que se tornaria em modelo pedagógico para os séculos seguintes (Basedow; Guts Muths; Vieth; Nachtegall; e outras): a gymnastica, constituída como um conjunto de exercícios organizados com o objetivo de cuidar do corpo (FINOCCHIO, 2013).

O pedagogo e ativista político Friedrich Ludwig Jahn, por volta de 1809, adotou um princípio educacional realista, à guerra nacional, e desenvolveu um tipo de ginástica com valorização da luta. Criou aparelhos que se constituíam em representações de obstáculos naturais (ROUYER, 1977, citado por FINOCCHIO, 2013).

Além de criar aparelhos e novas formas gímnicas, fundou, em 1811, o primeiro ginásio ao ar livre de Hasenheide, Berlim. Daí nasceu o termo "Turnkunst" pelo qual ele substitui a palavra "Gymnastik". A ginástica de Jahn, com um conteúdo mais social e patriótico, rapidamente superou as ideias pedagógicas de Guts-Muths, tendo por objetivo formar homens fortes para defender a pátria. Embora já houvesse várias formas de ginástica, acrescentou aos exercícios já conhecidos, as barras e a barra alta.

Para Coertjens, Guazzdelli e Wasserman (2004) a utilização dos ‘turner’ entre o discurso nacionalista e a prática esportiva nos pequenos estados que, anos mais tarde, formaram o Estado alemão. A ginástica (turnen) se transforma em uma escola de patriotismo, educação para se preparar para a guerra de libertação; seu curso visava o "despertar da identidade nacional" (construção de uma nação).

A ginástica é um conceito que engloba modalidades competitivas e não competitivas e envolve a prática de uma série de movimentos exigentes de força, flexibilidade e coordenação motora para fins únicos de aperfeiçoamento físico e mental. Tem sua origem no grego, gymnastiké - da palavra grega “gymnos” (nu) pelo fato de, na antiguidade clássica, os exercícios se praticarem com o corpo nu. É o conjunto dos exercícios corporais sistematizados, para esse fim, realizados no solo ou com auxílio de aparelhos e aplicados com objetivos educativos, competitivos, artísticos e terapêuticos, etc.

A prática só voltou a ser retomada - com ênfase desportiva e militar - no final do século XVIII, na Europa, com a influência de vários pensadores que se debruçaram sobre as vantagens da prática do exercício físico, destacando-se o contributo de Jean-Jacques Rousseau na obra pedagógica "Emílio", em que o autor se refere à necessidade da pratica física como meio para atingir a razão. A partir daqui surgiram várias correntes, que encontraram eco na Alemanha com Johann Bernard Basedow, pedagogo e educador, que conseguiu assimilar e transformar os princípios orientadores de Rousseau e impulsionou a ginástica, tendo para isso criado em 1775 o pentatlo de Dassau, no seu "Philanthropicum", constituído por provas de corrida, saltos, transporte, de equilíbrio e de trepar. Foi o primeiro pedagogo, desde a Antiguidade, a defender que o exercício físico deveria fazer parte dos programas das escolas primárias.

Em 1784, Christian Gotthlif Saltzmann, pedagogo e educador, abre outro "Philanthropicum", em Schneppenthal. Em 1785, Johann Christoph Friedrich Guts-Muths, professor e educador, inicia sua obra com um novo conceito de ginástica. As ideias filantrópicas e os conteúdos pedagógicos de Guts-Muths tiveram eco nos países da Europa, especialmente na Suécia, Dinamarca e França. No período de 1861 a 1871 verifica-se a presença de alunos de nacionalidade brasileira no Philantropinum, sediado em Schnepfenthal.

John Locke (1632-1704), um dos mais importantes teóricos do liberalismo, sintetiza suas concepções educacionais: formação do gentleman e dos “sem propriedades”. A educação dos que possuem a propriedade privada e posses deveria ser feita por preceptores capacitados e cultos, em local aprazível e com boas condições higiênicas, com ênfase nos saberes clássicos e na preparação do jovem como bom administrador dos negócios da família, para assumir posições de comando no estamento estatal e na guerra.

Desde 1771 em Portugal, sob o balizamento da Universidade de Coimbra, se estabeleceu que as atividades físicas como conteúdo educacional, atendiam aos pressupostos da nova educação. As “Artes Liberais” nos Estatutos do Collegio Real de Nobres da Corte, e cidade de Lisboa eram a Cavalaria, Esgrima, e Dança. Apesar de contar ainda um sentido cavalheiresco (educação dos nobres), essa introdução se deu através das ideias burguesas.

Immanuel Kant (1724-1804) propôs o fortalecimento das escolas públicas, em relação às domésticas, sob a consideração de que são mais propícias ao ensino de várias habilidades, e formadoras do caráter. Recomendava ainda escolas experimentais, que dariam direcionamento às várias escolas elementares. Em síntese, tinha como plano educativo uma educação pela moralidade, o fortalecimento das escolas públicas e o desenvolvimento de uma experimentação educativa.

Para Finocchio (2013) em suas propostas de formação do ser humano, a burguesia pensava a educação como essencial à formação plena da personalidade do indivíduo, incluindo aí a educação do corpo como uma necessidade. A gymnastica consistia na metodização da educação do corpo, imprescindível à formação do homem, não só fortalecendo o corpo, mas enriquecendo o espírito e enobrecendo a alma.

Francisco de Amorós y Ondeano (1770-1848) é conhecido por ser um dos fundadores da Educação Física moderna. Em razão de suas ideias liberais e do apoio a José Bonaparte I, em 1814 exilou-se na França e aí desenvolveu a Escola Francesa de Ginástica. Seu método, de inspiração pestalozziana e fundamentado em Locke e Rousseau, defendia a “educação integral”. Contudo, em sua ginástica prevalecia o lado militar sobre o educativo, tal como se pode notar em seu tratado Nouveau Manuel d’Education Physique, Gymnastique et Morale, no qual propõe um soldado da Pátria e um benfeitor da Humanidade.

Diferente da europeia, desenvolvida ao final do século XVIII e início do seguinte, de caráter nacionalista, e visando à disciplina e ao treinamento físico, bem como à defesa nacional, a Educação Física na Inglaterra tomou aspecto diverso de outras nações: seu destaque não se deu na ginástica, mas no Esporte, em estreita relação com as transformações socioeconômicas resultantes das alterações produzidas pela Revolução Industrial, iniciada em 1760. Ainda que adotasse a gymnastica nas escolas básicas, como meio da educação do físico, era no ensino secundário, destinado à aristocracia e à burguesia, que se aprimoravam o cuidado do físico e o cuidado da formação moral, empregando os esportes. No começo do século XIX, o clérigo Thomas Arnold se utilizou de uma forma de ócio da classe dirigente, os jogos populares, para criar um novo modo de educação. O desporto, naquele momento, teve por função propor às classes dirigentes enriquecidas, mas em estado de degradação física e moral, uma formação mais adequada, em relação à tradicional. Apesar de grande reação religiosa e dos meios intelectuais, o desporto foi adotado para responder às conveniências práticas do imperialismo britânico (ROUYER, 1977, citado por FINOCCHIO, 2013).

A partir da segunda metade do século XIX houve, ao seu final, uma biologização da educação física (PAIVA, 2003), ocorrendo a migração da preocupação com a abrangência da formação humana para o estabelecimento de sua especificidade, biológica.

Finocchio (2013) ao analisar o processo de constituição do pensamento burguês nas relações econômicas, políticas e sociais brasileiras e o papel, dito civilizador, da educação em suas propostas de adequação da nação ao modo de produção capitalista, enfoca as expressões do pensamento burguês na Europa e sua influência sobre a gymnastica/educação física, considerando-a como elemento constitutivo de seu projeto educacional. Num segundo momento, observa a inclusão da Educação Física/Gymnastica na educação burguesa e, finalmente, identifica como essa prática assume funções objetivas em atendimento às sociedades em que se manifestaram e como são organizadas em “métodos” de Gymnastica. Às condições políticas da Alemanha no século XIX, por exemplo, deve-se o desenvolvimento de uma ginástica com função militarnacionalista; no desenvolvimento industrial e científico da Suécia, sobressai uma função nacionalista, de cuidados com o cidadão de forma que pudesse preservar a paz, na formação do soldado e do operário. O método ginástico de Ling (1776-1839), fundamentado em estudos anatomo-fisiológicos, com um viés médico higiênico, é composto por uma série de movimentos segmentados, com uma série racional de movimentos.

De acordo com Cancella (2012); Cancella e Mataruna (2013); e Finocchio (2013) a prática esportiva em meio militar foi intensificada na virada do século XIX para o XX sob o argumento de que para a estruturação das Forças Armadas era fundamental o desenvolvimento físico do pessoal militar. Estas atividades eram consideradas importantes para a formação não somente de militares mais preparados, mas também de potenciais “soldados-cidadãos” e “cidadãos-marinheiros” entre os praticantes civis. Por isso, as atividades físicas e esportivas foram gradativamente incorporadas aos currículos de instituições de ensino do país, iniciando este processo pelas escolas militares.

Percebe-se a aproximação dos militares não somente das atividades ginásticas, mas também de práticas que possibilitassem o desenvolvimento de habilidades fundamentais para o exercício militar no período, práticas que posteriormente passariam a ser realizadas também em caráter esportivo como a natação, a esgrima e a equitação (Cancella, 2011).

Os projetos de modernização para o Exército Brasileiro espelhavam-se nos modelos de organização das Forças estrangeiras. Assim, na edição de 1906 da Revista Militar, o Capitão do Estado-Maior de Artilharia Liberato Bittencourt destacava no artigo “Princípios geraes de organização dos exércitos” 12 temas que deveriam ser levados em conta neste processo de modernização. Entre os princípios elencados pelo autor, destaca-se o de número 10 “[...] Principio de educação physica, intellectual e moral: organisar os exércitos de modo a serem elles grandes escolas de educação physica, intellectual e moral da mocidade [...]”.

A prática dos exercícios físico-militares nas escolas fazia parte de uma filosofia educacional geralmente desconhecida por regentes e pais. Alguns destes acreditavam que seus filhos corriam o risco de ter que entrar para a carreira militar por estarem participando dessas aulas nas escolas. Também havia aqueles que não viam nenhum sentido ou utilidade nos exercícios. Outros apontavam os riscos para a saúde de crianças e jovens, especialmente por inexistirem espaços físicos para a realização das atividades. (Nascimento, 2012).

Prossegue Nascimento (2012), essas atividades ensinadas por professores e militares tinham como objetivo preparar os alunos, a fim de que pudessem ser chamados para defender a nação em conflitos armados no futuro. O funcionamento dos nossos batalhões formados por estudantes e a prática desses exercícios nas escolas daqui foram bem menos intensos do que na Europa, mas ocorreram em instituições educacionais de vários estados e geraram muita polêmica.

Melo e Peres (2013) e Peres (2013) trazem que a Junta Central de Hygiene Pública apresentava um relatório – a 15 de abril de 1885 -, cuja “espinhosa tarefa” era “levar ao conhecimento do Governo Imperial os factos mais culminantes occorridos no Império relativamente à saúde publica” (1885, p. A-F-1). A análise da estatística das mortes na cidade do Rio de Janeiro, um dos pontos centrais do relatório, dedicava especial atenção às causas da “notável” mortalidade infantil ocorrida no ano anterior.

As relações entre higiene, medicina e saúde estruturaram projetos públicos e privados de educação (sobretudo, escolar) da população brasileira no decorrer do Império. Assim, a relação entre educação física, exercícios corporais e saúde pública não era gratuita e nem óbvia. Tratava-se de uma construção que se deu de forma lenta, paulatina e muitas vezes pouca harmônica entre atores, práticas e ideias que configuravam o saber médico-científico do século XIX. (MELO, PERES, 2013; PERES, 2013).

BIBLIOGRAFIA

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