Resumo

O objetivo desse estudo foi verificar o efeito da modulação do dano muscular e da resposta inflamatória, com o uso de fototerapia, no efeito da carga repetida e na ativação da via PI3K/Akt/mTOR/p70S6K após a realização de cada uma das duas sessões de treinamento de força para membros inferiores. Vinte participantes foram divididos em dois grupos experimentais. Um dos grupos recebeu a fototerapia antes da realização da primeira sessão experimental e o outro grupo recebeu um tratamento placebo. A fototerapia consistiu na irradiação sobre o vasto lateral, o vasto medial e o reto femoral durante 90s, oferecendo uma dose de energia total de 180 J. As sessões de treinamento foram compostas de duas séries a 85% de 1-RM e duas séries a 120% de 1-RM com intervalo de dois minutos entre elas, nos exercícios leg-press e extensão de joelhos. Os marcadores indiretos de dano muscular (dor, amplitude de movimento, torque isométrico máximo, circunferência da coxa e creatina quinase) foram avaliados antes, 2h, 24h, 48h e 96h após o término de cada sessão de treinamento. Uma semana antes e duas horas após o término de cada sessão de treinamento, foram coletadas amostras de tecido muscular através da biópsia percutânea para análise da infiltração de células inflamatórias e das proteínas de interesse. Os resultados dessas variáveis demonstraram que a primeira sessão de treinamento induziu a ocorrência do dano muscular e da inflamação, mas a fototerapia não promoveu nenhum dos efeitos esperados sobre o dano e a inflamação. A expressão total das proteínas de interesse não foi afetada pela realização da sessão de treinamento e nem pela fototerapia. Antes do início da segunda sessão de treinamento, a quantidade de mTOR total estava mais elevada do que antes da primeira sessão. A repetição da sessão de treinamento resultou em alterações dos marcadores de dano muscular, mas a recuperação foi mais rápida do comparada com a primeira sessão, o que vai ao encontro do efeito da carga repetida (ECR). A inflamação foi semelhante entre as duas sessões. Da mesma forma que na primeira sessão, o treinamento não afetou a expressão total das proteínas de interesse. A maior quantidade de mTOR total pode significar uma adaptação protetora (ECR), aumentando a atividade mitocondrial e reduzindo o estresse oxidativo diminuindo assim a ocorrência do dano secundário

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