Resumo

Todos os seres apresentam certa ritmicidade e musicalidade. Mesmo com diferentes tipos de personalidade a música se faz universal em seus diferentes estilos. Vários processos bioquímicos envolvidos na transmissão de um simples acorde para uma sensação, uma emoção. Vários atletas escutam música enquanto treinam, mas qual será a influência dos diferentes estilos de música na percepção de esforço e nos níveis de estresse? Esse trabalho vem a contribuir para o esclarecimento dessas dúvidas. Para tanto, utilizou-se um teste de esforço máximo para mensuração indireta do VO2 máx., a escala de Borg para determinação da percepção de esforço, coleta de cortisol salivar para mensuração de estresse. Foram utilizadas músicas do estilo rock, erudita, preferida por cada atleta e como controle a ausência de música em cada um dos testes de esforço. Os dados foram analisados através do teste não-paramétrico de Friedman, para relação causa e efeito entre as variáveis, diferentes tipos de música com a percepção de esforço, cortisol e VO2 máx., além de uma correlação de Spearman e teste dos postos por sinais de Wilcoxon, a um nível preditivo de p<0,05. Houve diferença significativa entre a música e o VO2 máx. e entre a música e a percepção de esforço, porém não foi significativa a música e o cortisol. Acredita-se assim que os aumentos do cortisol salivar foram devido ao aumento do esforço físico (estágio do protocolo de Bruce) e não pela utilização da música. Sugere-se a realização de novas pesquisas com diferentes populações, e até mesmo uma pesquisa durante treinos e competições para se verificar em campo qual o funcionamento da música e cortisol.

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