Influência do Nível de Atividades Físicas Laborais, de Lazer e Locomoção na Modulação Autonômica Cardíaca de Repouso e na Freqüência Cardíaca de Recuperação
Por Zaqueline Fernandes Guerra (Autor), Tiago Peçanha de Oliveira (Autor), Débora do Nascimento Moreira (Autor), Lilian Pinto da Silva (Autor), Mateus Camaroti Laterza (Autor), Jorge Roberto Perrout de Lima (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 20, n 1, 2012. Da página 14 a 20
Resumo
Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar a influência do nível das atividades laborais, de lazer e locomoção na modulação autonômica cardíaca de repouso e na freqüência cardíaca de recuperação. Métodos: Vinte jovens, saudáveis, do sexo masculino, que não praticavam exercício físico regular, foram divididos em dois grupos de acordo com o nível de atividade física habitual, obtido a partir do cálculo do escore total (ET), do questionário de Baecke: ‘menos ativos’ (n=10; 22,8±1,9 anos) e ‘mais ativos’ (n=10; 22,3±2,2 anos). Os registros dos intervalos R-R dos voluntários foram feitos em repouso, na posição supina por 15 minutos; durante o teste cardiopulmonar máximo e; por 5 minutos do período de recuperação. A variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) foi analisada no domínio do tempo e da freqüência durante os últimos 5 minutos da coleta de repouso. Analisaram-se também índices de recuperação da freqüência cardíaca (FCrec). Resultados: Não houve diferença significativa entre os dois grupos em nenhum dos índices da VFC, assim como nos índices da FCrec. Conclusão: sugere-se que apenas atividades laborais, de lazer e te locomoção parecem não promover efeitos significativos na modulação autonômica cardíaca de repouso e na freqüência cardíaca de recuperação em jovens saudáveis. Nesse sentido, reforça-se a necessidade de atividades físicas sistematizadas e/ou aumento na intensidade das atividades laborais, de lazer e locomoção para promover adaptações autonômicas cardíacas.