Influência do Nível Socioeconômico Sobre Comportamentos de Risco Para Transtornos Alimentares em Adolescentes
Por Karin Louise Lenz Dunker (Autor), Cássia Peres Bonar Fernandes (Autor), Daniel Carreira Filho (Autor).
Resumo
Objetivo: Investigar comportamentos de risco para transtornos alimentares (TA) em adolescentes de diferentes níveis socioeconômicos
Método: 183 adolescentes do sexo feminino de 15 a 18 anos de duas escolas (pública e particular) foram avaliadas quanto à renda e escolaridade dos pais, estado nutricional, comportamentos de risco para TA (Teste de Atitudes Alimentares – EAT-26), atitudes socioculturais quanto à aparência (Escala das Atitudes Socioculturais Voltadas para Aparência – SATAQ-3), percepção corporal (escala de silhuetas) e uso de dietas.
Resultados: A média do escore do EAT-26, assim como a porcentagem de adolescentes consideradas de risco foram semelhantes entre as escolas (p>0,05). No escore do SATAQ-3, verificou-se na escola particular um valor maior que da pública (p<0,05). O número de adolescentes que superestimavam o peso foi semelhante nas escolas (p>0,05), e as que apresentaram sobrepeso/obesidade tiveram escores maiores no EAT-26. Metade
das adolescentes das escolas já fez dieta, sendo que a frequência do uso de dietas esteve associada com o maior escore do EAT-26.
Conclusões: Comportamentos de risco foram encontrados em grande parte da população estudada, mas esses não estiveram associados com o nível socioeconômico.