Influência do Número de Séries e Tempo de Alongamento Estático Sobre a Flexibilidade dos Músculos Isquiotibiais em Mulheres Sedentárias
Por Mariana Vita Milazzotto (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 15, n 6, 2009.
Resumo
INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Os exercícios de alongamento são frequentemente utilizados em programas de reabilitação e na área desportiva, porém, a duração ideal e o número de séries ainda não foram determinados. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos de 10 séries de 30 segundos e três séries de três minutos de alongamento estático passivo na flexibilidade dos músculos isquiotibiais, comparando diferentes volumes de alongamento dentro de 10 minutos. Além disso, verificar se existe diferença entre os dois programas de alongamento ao término do protocolo e após cinco meses. MÉTODOS: 25 mulheres (17 a 25 anos) foram distribuídas aleatoriamente em três grupos: grupo GC (controle), G30 e G3. O G30 alongou 10 X 30 segundos e o G3 3 X 3 minutos. O alongamento foi realizado por meio de um sistema de polias, utilizando-se 10% do peso corporal da voluntária. Este protocolo durou 6 semanas. As mensurações foram feitas no início do protocolo (Av1), após seis semanas (Av2) e após cinco meses (Av3). Foi mensurada a amplitude de movimento (ADM) de extensão do joelho com 90º de flexão do quadril. A análise de variância (Anova) com dois fatores cruzados de medidas repetidas foi usada com nível de significância de 5% (p < 0,05). RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamente significante na ADM de joelho entre 30 segundos (G30) e três minutos (G3) após seis semanas (Av2) (p > 0,05) e após cinco meses (Av3) (p > 0,05). Tanto o G30 quanto o G3 apresentaram aumento da flexibilidade ao término do protocolo (Av1xAv2) (p < 0,05) e após cinco meses (Av1xAv3) (p < 0,05). CONCLUSÕES: Dez séries de 30 segundos e três séries de três minutos podem aumentar a flexibilidade dos isquiotibiais e manter a flexibilidade adquirida após cinco meses do término da intervenção.