Resumo

Objetivo:
O objetivo do presente estudo foi analisar a possível influência do polimorfismo I/D no gene da enzima conversora de angiotensina (ECA) sobre a hipotensão pós-exercício (HPE) máximo de indivíduos jovens, normotensos e fisicamente ativos.

Métodos e Resultados:
A amostra foi composta por 62 homens com boa aptidão aeróbia (23,3±4,2 anos; 75,5±9,8 kg; 177,7±5,5 cm; 23,9±2,5 kg/m2; 12,0±4,6 % de gordura corpórea; 50,2±6,2 mL.kg.min-1), separados em três grupos em função do polimorfismo I/D (DD = 16; II = 15; ID = 31). Os participantes realizaram além do teste incremental para determinação do VO2máx, outros dois testes randomizados, para a análise da HPE, sendo: sessão de performance em 1600m (T1600m), esforço máximo; e sessão controle sem exercício (SC). Foram mensuradas a pressão arterial (PA) de repouso pré-exercício, imediatamente ao final das sessões e por uma hora a cada 15 minutos após as sessões. O principal resultado foi que a sessão máxima proporcionou HPE na amostra investigada, o que não foi observado na SC, sendo que o grupo com o genótipo II apresentou maior decaimento da PA quando comparado aos grupos DD e ID (p<0,05). Ainda, pôde-se observar que o grupo DD não apresentou HPE máximo para a PA diastólica (PAD), diferentemente dos outros grupos genotípicos.

Conclusões:
Houve HPE máximo em homens jovens, normotensos e fisicamente ativos, podendo o polimorfismo I/D no gene da ECA influenciar a resposta hipotensora ao exercício, com maior decaimento da PA para os indivíduos carreadores do alelo I e principalmente com genótipo II.