Influência do Protocolo Ergométrico na Ocorrência de Diferentes Critérios de Esforço Máximo
Por Thiago Lemos (Autor), Fernando S. Nogueira (Autor), Fernando Augusto Monteiro Saboia Pompeu (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 17, n 1, 2011.
Resumo
INTRODUÇÃO E OBJETIVO: Neste estudo investigamos a influência de diferentes protocolos ergométricos na ocorrência dos critérios de esforço máximo.
MÉTODOS: Nove sujeitos fisicamente ativos (23 ± 4 anos, 177 ± 10cm, e 77,1 ± 16kg) realizaram três testes de esforço (PR1 - 15W·min-1, PR2 - 50W·3 min-1, e PR3 - 50W·5 min-1) no cicloergômetro. O consumo de oxigênio foi medido em circuito aberto e integrado a cada 20s. Adotaram-se como critérios de esforço máximo: o platô no consumo de oxigênio < 150 mL·min-1; frequência cardíaca máxima (FCmáx) > 95% prevista pela idade; lactato > 8,0 mM; e RER > 1,1.
RESULTADOS: O VO2máx não apresentou diferenças entre os protocolos (2,68 ± 1,0; 2,58 ± 1,0 e 2,99 ± 1,3L·min-1 para PR1, PR2 e PR3, p = 0,72). A maior ocorrência do platô foi observada em PR1 (cinco sujeitos). O critério da frequência cardíaca máxima foi satisfeito em três sujeitos em PR3, e o critério do lactato em seis sujeitos, no mesmo protocolo (PR3). O RER > 1,1 foi observado em seis sujeitos em PR1.
CONCLUSÃO: Concluímos que a ocorrência de diferentes critérios de esforço máximo é influenciada pela escolha do protocolo ergométrico, não indicando, contudo, valores distintos de VO2máx.