Resumo

A obesidade é uma doença universal de prevalência mundial crescente, que vem assumindo um caráter epidemiológico como problema de saúde pública na sociedade moderna. A obesidade é nociva à saúde, provocando várias conseqüências: insuficiência cardíaca, diabetes, arteriosclerose, hipertensão e aumento da mortalidade, um excesso de peso de 4.5Kg aumenta a mortalidade em 8%; um excesso de peso de 9Kg aumenta a mortalidade em 18%; um excesso de peso de 13.5Kg aumenta a mortalidade em 28% e assim por diante (LEDERER, 1991). As complicações fisiológicas causadas direta ou indiretamente pela obesidade são responsáveis por uma significativa porcentagem de mortes, segundo o National Health and Nutrition Survey (NHANES) na ultima década pesquisas indicavam que aproximadamente 33% da população adulta dos Estados Unidos apresentavam excesso de peso e as evidências indicam um aumento na prevalência desta doença (Pollock e Wilmore, 1993; Heyward e Stolarczyk, 2000). Levantamentos estatísticos mostram que o Brasil vem aumentando de forma espantosamente rápida a prevalência de obesidade em sua população. Segundo Popkin e Doak (1998), a obesidade emergiu como uma epidemia nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos. A prevalência de obesidade no Brasil no final da década de 80 foi estimada em 9,6% da população, sendo que em 1974 era de 5,7% (Monteiro, Mondini, Souza e Popkin, 1995). Dados do IBGE referentes ao período de 2002- 2003 nas áreas urbanas do Brasil indicam que 40% e 13,1% da população brasileira apresentam excesso de peso e obesidade, respectivamente. O excesso de gordura corporal além de ser fator de risco para diversas doenças prejudica o desempenho físico, pois limita os movimentos e induz à fadiga precoce devido à sobrecarga que impõe ao organismo.