Influência do Treinamento Físico Sobre Parâmetros do Eixo Hipotálamo-pituitária-adrenal de Ratos Administrados com Dexametasona
Por José Pauli (Autor), José Leme (Autor), Daniel Crespilho (Autor), M. Alice Mello (Autor), Gustavo Rogatto (Autor), Eliete Luciano (Autor).
Em Revista Portuguesa de Ciências do Desporto v. 5, n 2, 2005. Da página 143 a 152
Resumo
RESUMO O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos do exercício físico agudo e crônico sobre o eixo hipotálamo-pituitáriaadrenal de ratos administrados com dexametasona. Ratos Wistar jovens foram divididos em quatro grupos: controle sedentário (CS), controle treinado (CT), dexametasona sedentário (DxS) e dexametasona treinado (DxT). O protocolo de treinamento consistiu de natação 1 hora/dia, 5 dias/semana, durante 10 semanas, suportando uma sobrecarga relativa a 5% do seu peso corporal. A dexametasona foi administrada 5 dias/semana (2µg/dia diluída em 150µl de NaCl - 0,9%). Antes do sacrifício os ratos receberam insulina subcutânea para o cálculo da remoção máxima de glicose. No final do período experimental amostras de sangue foram obtidas para determinação da glicose e hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) séricos. Amostras do músculo gastrocnêmio, da glândula adrenal e tecido adiposo epididimal foram utilizadas para determinação do peso, teor de glicogênio e ácido ascórbico, respectivamente. Nossos resultados indicam que a exposição crônica a dexametasona está associada com diminuição da sensitividade à insulina. O tratamento com dexametasona diminuiu a secreção de ACTH em resposta ao exercício agudo, mostrando diferença no funcionamento do eixo CRH-ACTH-adrenal entre os grupos estudados. Em conclusão, o exercício pode preponderar sobre o feedback negativo da dexametasona na ativação do eixo hipotálamo- pituitária-adrenal. Palavras-chave: treinamento físico, dexametasona, resistência à insulina, eixo hipotálamo-pituitária-adrenal.