Resumo

RESUMO O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos do exercício físico agudo e crônico sobre o eixo hipotálamo-pituitáriaadrenal de ratos administrados com dexametasona. Ratos Wistar jovens foram divididos em quatro grupos: controle sedentário (CS), controle treinado (CT), dexametasona sedentário (DxS) e dexametasona treinado (DxT). O protocolo de treinamento consistiu de natação 1 hora/dia, 5 dias/semana, durante 10 semanas, suportando uma sobrecarga relativa a 5% do seu peso corporal. A dexametasona foi administrada 5 dias/semana (2µg/dia diluída em 150µl de NaCl - 0,9%). Antes do sacrifício os ratos receberam insulina subcutânea para o cálculo da remoção máxima de glicose. No final do período experimental amostras de sangue foram obtidas para determinação da glicose e hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) séricos. Amostras do músculo gastrocnêmio, da glândula adrenal e tecido adiposo epididimal foram utilizadas para determinação do peso, teor de glicogênio e ácido ascórbico, respectivamente. Nossos resultados indicam que a exposição crônica a dexametasona está associada com diminuição da sensitividade à insulina. O tratamento com dexametasona diminuiu a secreção de ACTH em resposta ao exercício agudo, mostrando diferença no funcionamento do eixo CRH-ACTH-adrenal entre os grupos estudados. Em conclusão, o exercício pode preponderar sobre o feedback negativo da dexametasona na ativação do eixo hipotálamo- pituitária-adrenal. Palavras-chave: treinamento físico, dexametasona, resistência à insulina, eixo hipotálamo-pituitária-adrenal.

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