Influência do Treinamento Resistido na Variação da Pressão Intraocular em Diferentes Fases do Ciclo Menstrual
Por Marcelo Conte (Autor), Alexandre Duarte Baldin (Autor), André Athanazio Caldara (Autor), Alex Sander Soares (Autor), Sidney Diyoo Tamura (Autor), Morgana Rejane Rabelo Rosa Russo (Autor).
Em 37º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte - SIMPOCE
Resumo
Introdução: Embora, o volume dos estudos a respeito da associação entre Exercício Físico e Pressão Intraocular (PIO) tenha aumentado nos últimos anos, ainda são poucas as investigações sobre essa relação no gênero feminino. Embora, seja conhecido que em situações clínicas a PIO basal sofre alterações de acordo com o ciclo menstrual. Objetivo: Verificar a influência do exercício resistido (ER) na PIO em diferentes fases do ciclo menstrual. Método: Foram estudadas nove mulheres (27,4+7,5 anos) submetidas ao ER realizado nas fases: ovulatória (14º ao 16º dia do ciclo menstrual) e lútea (25º ao 28º dia do ciclo menstrual). A PIO foi mensurada com tonômetro de Perkins, antes (M1), durante (M2), imediatamente após (M3) e cinco minutos após o término da sessão de ER (M4). Como procedimento estatístico foi aplicado o teste de Kolmogorov–Smirnov, ANOVA, com pós-teste de Bonferroni. Resultados: Foram encontradas diferenças significativas na sessão de ER durante a fase lútea (olho direito) entre a PIO no M1 (14,1 + 1,1 mmHg) com M2 (11 + 2,1 mmHg, p<0,001), M3 (10,8 + 1,9 mmHg, p<0,001) e M4 (11,3 + 1,3 mmHg, p<0,05). Na mesma fase, no olho esquerdo, observouse diferenças entre a PIO do M1 (14,5 + 1,8 mmHg) com M2 (11,1 + 2,5 mmHg, p<0,01), M3 (11,3 + 2,5 mmHg, p<0,001) e M4 (11,8 + 1,1 mmHg, p<0,05). Por outro lado, na fase ovulatória houve diferenças significativas, apenas no olho esquerdo, entre a PIO do M1 (13,8 + 3,6 mmHg) com M2 (10,6 + 2,6 mmHg, p<0,01) e M3 (10,5 + 3,1 mmHg; p<0,01). Descritivamente a PIO foi maior em todas as medições na fase lútea. Conclusão: A PIO, de mulheres com ciclo menstrual regular, diminuiu em decorrência a sessão de ER, independentemente da fase do ciclo menstrual (ovulatória ou lútea). Esses achados podem contribuir para melhorar a prescrição de exercício para mulheres com fatores de risco ou com PIO elevada.