Resumo

O presente estudo teve como objetivo avaliar a postura sentada de crianças com paralisia cerebral espástica, verificando a existência de diferenças nessa postura. As crianças utilizaram mobiliário que fornecia apoio para membros superiores e inferiores. Primeiramente foi desenhado e confeccionado o mobiliário necessário para a realização da pesquisa. Em seguida realizou-se um estudo piloto, com um sujeito sem alterações neurológicas, com a finalidade de detectar-se o melhor posicionamento da filmadora e definir os pontos de referência que seriam demarcados na coluna das crianças com paralisia cerebral. Participaram da coleta de dados 10 sujeitos diagnosticados como portadores de paralisia cerebral do tipo espástica, de ambos os sexos, na faixa etária de 8 a 15 anos, que dispunham de um bom controle de tronco, ou seja, mantinham-se na postura sentada sem auxílio. Os sujeitos da pesquisa foram previamente avaliados para certificar-se das habilidades funcionais de cada indivíduo e assegurar que os mesmos dispunham das condições necessárias para serem submetidos à análise fotogramétrica computadorizada. Após a avaliação os sujeitos foram filmados em diversas situações norteado pelo modelo de pesquisa experimental A-B-1 u seja, cada indivíduo foi filmado primeiramente na posição sentada sem apoio para os membros superiores e inferiores. Logo após, foi realizada a filmagem utilizando-se mobiliário com apoio para membros superiores e inferiores. No momento seguinte realizou-se nova filmagem na posição sentada sem apoio para os membros superiores e inferiores. Os dados obtidos em cada postura foram, primeiramente, submetidos a uma análise descritiva e, posteriormente, utilizou-se os testes de Análise de Variância de Friedman e o de Comparações Múltiplas. Os resultados mostraram que: a utilização da mesa para apoio dos braços favoreceu a manutenção das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral; o apoio para os pés contribuiu para a deterioração da curvatura lombar piorando a postura sentada e o uso do abdutor para as pernas não interferiu no posicionamento da coluna vertebral nos indivíduos com paralisia cerebral espástica.

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