Resumo

Objetivo:
O objetivo do estudo é verificar se a prévia visualização ou não de um objeto (alvo) altera a acurácia na percepção da distância a ser percorrida por participantes vendados durante tarefa de orientação espacial em linha reta.

Métodos e resultados:
Dez participantes jovens com idade média de 26,8 anos (dp= ±4,11) participaram deste estudo. Duas tarefas de orientação espacial foram administradas: 1. Deslocamento em linha reta e retorno ao ponto de origem após visualização de um objeto nas distâncias pré-determinadas; 2. A mesma tarefa, mas sem visualização de um objeto nas distâncias pré-determinadas: ambas as tarefas incluíram cinco distâncias: 5; 7; 9; 12; 15 metros. Em ambas as tarefas, o participante vendado, ao chegar auxiliado na distância destino, foi instruído a voltar sozinho para o ponto onde julgava ser seu ponto de partida inicial. A diferença entre o desvio angular real e o produzido no retorno resultou no erro relativo do desvio angular (ERDA). Uma função psicofísica de potência mostrou expoentes médios das distâncias produzidas entre 0,92 e 1,06, para as tarefas com e sem visualização do alvo. Para a variável distância, as duas tarefas com visualização do cone e sem visualização os obtiveram valores médios de ERDA maiores à medida que as distâncias aumentavam. A variável ERDA mostrou efeito não significativo entre as condições de visualização do alvo (p = 0,789).

Conclusão:
Numa tarefa de orientação espacial, a dica do objeto colocado no local da distância a ser percorrida sem visão não afeta a produção de distância.