Influência da Visualização Prévia de Distâncias Percorridas Sem Visão em Tarefas de Orientação Espacial
Por Gabriella Andreeta Figueiredo (Autor), Eliane Mauerberg de Castro (Autor), Vários Autores (Autor).
Em XIV Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Objetivo:
O objetivo do estudo é verificar se a prévia visualização ou não de um objeto (alvo) altera a acurácia na percepção da distância a ser percorrida por participantes vendados durante tarefa de orientação espacial em linha reta.
Métodos e resultados:
Dez participantes jovens com idade média de 26,8 anos (dp= ±4,11) participaram deste estudo. Duas tarefas de orientação espacial foram administradas: 1. Deslocamento em linha reta e retorno ao ponto de origem após visualização de um objeto nas distâncias pré-determinadas; 2. A mesma tarefa, mas sem visualização de um objeto nas distâncias pré-determinadas: ambas as tarefas incluíram cinco distâncias: 5; 7; 9; 12; 15 metros. Em ambas as tarefas, o participante vendado, ao chegar auxiliado na distância destino, foi instruído a voltar sozinho para o ponto onde julgava ser seu ponto de partida inicial. A diferença entre o desvio angular real e o produzido no retorno resultou no erro relativo do desvio angular (ERDA). Uma função psicofísica de potência mostrou expoentes médios das distâncias produzidas entre 0,92 e 1,06, para as tarefas com e sem visualização do alvo. Para a variável distância, as duas tarefas com visualização do cone e sem visualização os obtiveram valores médios de ERDA maiores à medida que as distâncias aumentavam. A variável ERDA mostrou efeito não significativo entre as condições de visualização do alvo (p = 0,789).
Conclusão:
Numa tarefa de orientação espacial, a dica do objeto colocado no local da distância a ser percorrida sem visão não afeta a produção de distância.