Influência do Voleibol na Densidade Mineral Ossea de Adolescentes do Sexo Feminino
Por Wisley Gontijo de Mesquita (Autor), Rômulo Maia Carlos Fonsecai (Autor), Nanci Maria de França (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 14, n 6, 2008. Da página 500 a 503
Resumo
Sabe-se que esportes com grandes cargas mecânicas e maior impacto do corpo com o solo resultam em maior massa óssea do que atividades em que o peso do corpo é pouco solicitado. Apesar de o voleibol estar entre os esportes considerados de alto impacto, existem poucos estudos que relacionam sua prática ao desenvolvimento da densidade mineral óssea (DMO). Portanto, o presente estudo teve como objetivo comparar a DMO entre garotas participantes de equipes de treinamento de voleibol e de garotas participantes de atividade física escolar. Foram avaliadas 60 voluntárias com idade entre 13 e 17 anos. Elas foram divididas em grupo voleibol (GV) - composto pelas praticantes de voleibol - e grupo controle (GC). Foram mensurados massa corporal, estatura, consumo de cálcio, DMO do corpo inteiro, da cabeça, do colo do fêmur e do triângulo de Wards e estágio de maturação sexual. Foi utilizado o teste t para amostras independentes, para comparar a diferença entre as médias dos dois grupos (p < 0,05). Os resultados mostraram que a DMO do corpo inteiro (1,174 ± 0,065), colo do fêmur (1,164 ± 0,096) e triangulo de Wards (1,111 ± 0,138) do GV é significativamente maior que a DMO do GC (corpo inteiro: 1,083 ± 0,082; colo do fêmur: 0,998 ± 0,142; triangulo de Wards: 0,944 ± 0,178). Porém, a DMO da cabeça não apresentou nenhuma diferença significativa entre os dois grupos. Portanto, a prática de voleibol apresenta-se como importante esporte para a aquisição de massa óssea durante o final da adolescência e a DMO da cabeça como um possível padrão interno de controle da amostra.