Resumo

Objetivos:
Verificar de que maneira as interações sociais entre criança/criança e criança/adulto interferem durante a prática de atividade motora adaptada.

Métodos e resultados:
Participaram do estudo oito crianças de três a treze anos com diferentes tipos de deficiências engajadas em um programa de atividade motora adaptada. Os dados foram coletados e analisados a partir da filmagem de uma aula, cujo tema foi postura e locomoção, composta por seis atividades. Assim, por meio da matriz de análise sugerida por Zuchetto (2001), as interações sociais foram quantificadas e qualificadas. Verificaram-se diversas formas de interações, tais como: contato físico, o auxílio, expressões faciais e verbais em todas as atividades. Esse fator foi determinante para a realização das mesmas, em especial, nas atividades que exigiam contato físico. Destacaram-se interações através de sorrisos e falas entre as crianças com paralisia cerebral e a disposição em prestar auxílios, como empurrar a cadeira de rodas de colegas e demonstrar as tarefas, de uma criança com deficiência intelectual. Esses comportamentos motivaram as crianças na realização das tarefas. Notou-se que o ambiente descontraído e favorável as interações, possibilitou que as crianças com autismo apresentassem indícios de interações através de gestos, principalmente com seus pares com deficiência, além de vivenciarem momentos de alegria e prazer, facilitando o engajamento nas atividades.

Conclusão:
A escolha das atividades representou o ponto de partida para a aproximação entre as crianças. As interações mais significativas aconteceram nas tarefas que exigiam contato físico e auxílio pessoal, sendo estes, fatores determinantes para o engajamento nas atividades.