Influências das Interações Sociais no Engajamento de Crianças com Deficiência em Práticas de Atividade Motora Adaptada
Por Giandra Anceski Bataglion (Autor), Angela Teresinha Zuchetto (Autor).
Em XIV Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Objetivos:
Verificar de que maneira as interações sociais entre criança/criança e criança/adulto interferem durante a prática de atividade motora adaptada.
Métodos e resultados:
Participaram do estudo oito crianças de três a treze anos com diferentes tipos de deficiências engajadas em um programa de atividade motora adaptada. Os dados foram coletados e analisados a partir da filmagem de uma aula, cujo tema foi postura e locomoção, composta por seis atividades. Assim, por meio da matriz de análise sugerida por Zuchetto (2001), as interações sociais foram quantificadas e qualificadas. Verificaram-se diversas formas de interações, tais como: contato físico, o auxílio, expressões faciais e verbais em todas as atividades. Esse fator foi determinante para a realização das mesmas, em especial, nas atividades que exigiam contato físico. Destacaram-se interações através de sorrisos e falas entre as crianças com paralisia cerebral e a disposição em prestar auxílios, como empurrar a cadeira de rodas de colegas e demonstrar as tarefas, de uma criança com deficiência intelectual. Esses comportamentos motivaram as crianças na realização das tarefas. Notou-se que o ambiente descontraído e favorável as interações, possibilitou que as crianças com autismo apresentassem indícios de interações através de gestos, principalmente com seus pares com deficiência, além de vivenciarem momentos de alegria e prazer, facilitando o engajamento nas atividades.
Conclusão:
A escolha das atividades representou o ponto de partida para a aproximação entre as crianças. As interações mais significativas aconteceram nas tarefas que exigiam contato físico e auxílio pessoal, sendo estes, fatores determinantes para o engajamento nas atividades.