Influências do mando de jogo, nível competitivo e resultado da partida sobre o desempenho físico em jogadores profissionais de futebol
Por Rodrigo Aquino (Autor), Eder Gonçalves (Autor), Helder Souza (Autor), Angelo Melim Azevedo (Autor), Paulo Roberto Pereira Santiago (Autor), Filipe Mesquita (Autor), Bruno Luiz Souza Bedo (Autor), Lourenço Zini Moreira Aresi (Autor), Gabriel Colatto Sagaz (Autor).
Em Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (RBFex) v. 20, n 3, 2021.
Resumo
O contexto das partidas de futebol (e.g., mando de jogo, nível competitivo, resultado da partida) pode impactar no desempenho físico dos jogadores. Objetivo: Investigar os efeitos do mando de jogo, nível competitivo e resultado final sobre o desempenho físico em jogadores profissionais. Métodos: Foram monitorados 16 jogadores da mesma equipe durante a participação em duas competições: 1ª Divisão do Campeonato Capixaba de 2020 (n = 8 partidas; n = 64 observações individuais), 1ª e 2ª Fase da Copa do Brasil de 2020 (n = 2 partidas; n = 16 observações individuais). O desempenho físico foi obtido usando o Sistema de Posicionamento Global: distância total percorrida; distância total percorrida em alta intensidade; distância total percorrida em alta aceleração. Foi utilizado o teste-t para medidas independentes. A magnitude do efeito (ES) foi calculada usando o "d" de Cohen. A regressão linear múltipla foi usada para estimar a contribuição relativa das variáveis independentes para a variação das variáveis dependentes. Resultados: Os jogos realizados “em casa” resultaram em maior demanda física em comparação aos jogos “fora de casa” (p < 0,001-0,01, ES = moderado-muito grande). Os jogos a nível nacional exigiram mais fisicamente dos jogadores em comparação aos jogos a nível estadual (p < 0,001, ES = muito grande). Partidas com vitória apresentaram maior exigência física quando comparado as partidas com derrota (p < 0,001-0,002, ES=muito grande). O local da partida e o nível competitivo têm maiores contribuições relativas para as variações na distância total (R2 = 29%) e na distância em alta aceleração (R2 = 46%). Conclusão: Os treinadores podem usar essas informações para prescrever sessões de treinamento mais representativas ao contexto de jogo.