Influências da Liberação de Estrógenos no Desempenho Atlético
Por Carla Pinheiro Lopes (Autor), Wálter Celso Lima (Autor).
Em VII Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
A Fisiologia Neuroendócrina tem reportado estreitas dependências no intercurso funcional neural, endócrino e muscular. Esta inter relaçãose extende a área comportamental e centros ligados à emoção, justificando ciclos humorais que correspondem à alterações no rendimento desportivo. Na literatura, consta melhorias em qualidades físicas específicas nos primeiros meses gestacionais. A incidência de amenorréia em maratonistas é considerada comum pela redução do percentual lipídico. Manifestações psicológicas como ansiedade e depressão apresentam quadro sintomático reduzido após treinamento físico, sugerindo alteraçõesnasíntese e liberação de neurotransmissores, como a serotonina, também ativos em picos de liberação hipofisária de hormônios sexuais. Considera-se, também, a relação da acetilcolina como transmissor principal sináptico nas junções neuromusculares e na biossíntese dos hormônios esteróides. Estes processos, aparentemente não análogos, mantêm como precursor químico comum a acetil-COA, que além de participarda respiração mitocondrial, atua no metabolismo lipídico. Foram medidos desempenhos atléticosem quarenta nadadoras durante diversas fases do ciclo menstrual, relacionando portanto, desempenhofísico e liberação de estrógenos. Dividiu-se em doisgrupos: (1) Ciclos menstruais regulares; (2) Uso de anovulatórios. As demais variáveis foram comuns a ambos os grupos. Nos resultados, foram significativas as medidas de relação tempo/intensidade em provas de 50 metros, obtidas durante a fase de liberação máximade estrógenos (grupo 1Aeste fase cíclica 2) e durante a ação hormonal do contraceptivo ( grupo 2/teste fase 2), sugerindo que o desempenho atlético pode ser afetado na presença de índices fisiológicos máximos de estrógenos livres.