Iniciação ao palhaço: reflexões do fazer artístico-docente a partir do (novo) olhar sob o nariz vermelho
Em IV Seminario Internacional de Circo - Inovação e Criatividade
Resumo
Enquanto aluno do curso de graduação da Universidade Federal de Uberlândia, no segundo semestre letivo do ano de 2017, pude obter através da disciplina Interpretação/Atuação 2, a experiência de ser iniciado como clown e de certa forma iniciar também um estudo teórico acerca da comicidade. Iniciar-me enquanto palhaço permitiu quebrar preconceitos e questões que vão desde a minha corporalidade, passam pela maneira com que via algumas questões da própria interpretação e da atuação, e continuam seguindo para lugares que me formam enquanto cidadão, presente em uma sociedade, que está sujeito a um sistema ditado e pré-determinado por alguém. Ao ter contato com a tese de doutorado da professora Ana Elvira Wuo, cujo título da obra é Clown: “Desforma”, Rito de iniciação e Passagem, pude começar a entender e a refletir teoricamente todo o processo que continua vivo e agitado em meu corpo. Toda a escrita deste artigo parte de reflexões, citações, ideias e conceitos tragos por Wuo em sua tese, permitindo-me olhar para a experiência prática que tive, e a partir da pesquisa apresentada revisitar situações, pensamentos, ideias, sensações e entendê-las agora não apenas de uma forma corporal e sensorial, mas também, de uma forma lógica, estruturada, teorizada e embasada por diversos outros autores renomados em teatro (Lecoq, por exemplo) e em psicologia (como Jung).