Resumo
O presente estudo está inserido na linha de pesquisa denominada "Imaginário Social e Atividades Corporais", desenvolvida no Mestrado em Educação Física da Universidade Gama Filho. O objetivo da pesquisa foi averiguar se uma intervenção psicológica, efetuada através da metodologia de dinâmica de grupo, sobre uma equipe de juniores de futebol, poderia facilitar a satisfação das necessidades interpessoais de "inclusão", "controle" e "abertura", surgidas no grupo de jogadores. Foi um estudo de caso, onde se utilizou como metodologia a pesquisa-ação, na modalidade de dinâmica de grupo. A intervenção foi realizada em um clube da cidade do Rio de Janeiro, sendo dividida em duas fases. Na primeira, acompanhou-se a equipe, durante oito treinos e três jogos, e aplicou-se uma entrevista semi-dirigida. Na segunda, realizou-se nove encontros com o grupo, quando foram aplicadas várias técnicas, previamente planejadas. Os conteúdos colhidos, foram posteriormente analisados à luz da "Teoria das Necessidades Básicas" de Will Schutz, e indicaram que a alta rotatividade dos jogadores foi o principal responsável pela constante dificuldade de "inclusão" no grupo, pelo não aprofundamento do "controle" e pela inexistência da "abertura", nas suas relações interpessoais. O fato de a intervenção psicológica efetuada ter sido facilitadora, apenas, da vivência de "inclusão" dos participantes, não invalida a importância desse tipo de trabalho junto a equipes desportivas altamente rotativas, por serem essas, necessitadas de vivências de "inclusão".