Resumo

Objetivo: Avaliar a intensidade dos treinamentos e jogos oficiais de badminton com atletas juniores. Materiais eMétodos: A amostra foi composta por 12 atletas da Seleção Brasileira Junior de Badminton, sendo 6 meninos com em média 14,4 ± 2,1 anos de idade, 56,3 ± 12,3 kg de massa corporal, 167,1 ± 11,9 cm de estatura e VO2MÁX de 64,3 ± 7,1 mL.kg-1.min-1; e 6 meninas com em média 15,7 ± 1,8 anos idade, 53,7 ± 5,8 kg de massa corporal, 159,7 ± 5,7 cm de estatura e VO2MÁX de 52,8 ± 3,5 mL.kg-1.min-1. Foram monitoradas 19 sessões de treinamento e 50 jogos oficiais no XXVII Pan Am Junior Championships nas modalidades de simples e dupla masculina e feminina. Realizou-se um teste progressivo para a medida do consumo máximo de oxigênio e posteriormente foi estabelecida a relação entre frequência cardíaca (FC) e consumo de oxigênio (VO2). O registro da FC foi feito durante os treinamentos subdivididos em multipeteca (MP), técnico-tático (TT), físico (FS) e jogo simulado (JS) edurante os jogos oficiais (JO). A partir disso, foram analisadas a FCMÉDIA, percentual da frequência cardíaca máxima (%FCMAX), zonas de FC, impulsos de treinamento (TRIMP) e calculados o percentual de consumo máximo de oxigênio (%VO2MAX) e gasto energético (GE).Análise estatística: A normalidade dos dados foi verificada através do teste Shapiro Wilk. Quanto a comparação da temperatura ambiente e umidade relativa do ar nas situações foi feita uma ANOVA one way. A FCMAX obtida nas diferentes situações, duração total, FCMÉDIA, %FCMAX, %VO2MAX, GE, zonas de FC, TRIMP e TRIMPTOTAL dos treinamentos e JO foram utilizadas a ANOVA one way com medidas repetidas e em seguida o teste de Tukey. A associação entre as variáveis FC – VO2 foi obtida através da correlação de Pearson. Para comparação dos fatores sexo e condições analisadas foi feitauma ANOVA two way com medidas repetidas seguida pelo teste de Tukey. O nível de significância adotado para as comparações foi de p<0,05. Resultados: O %FCMAX nos JO (86,8 ± 4,1% meninas e 84,4 ± 5,0% meninos) e nos JS (74,6 ± 2,3% meninas e 75,0 ± 5,0% meninos) foram os mais intensos. Em relação ao %VO2MAX nas meninas foi maior nos JO (81,8 ± 5,7%) e nos meninos os JO (79,2 ± 14,5%) foram superiores ao MP (54,5 ± 6,2%) e TT (61,4 ± 6,4%). O GE nas meninas foi maior durante os JO (10,7 ± 0,5 kcal.min-1) seguidos pelo JS (8,6 ± 0,6 kcal.min-1) e nos meninos os JO (14,9 ± 4,6 kcal.min-1) foram superiores a todas as condições exceto em relação ao JS (11,1 ± 3,2 kcal.min-1). O TRIMP e as zonas de FC confirmaram a alta demanda dos JO e intensidades diferenciadas entre os tipos de treinamentos das meninas e equivalência nos meninos. Conclusão: Os JO apresentaram intensidade superior aos treinos de acordo com as variáveis fisiológicas.Os JS foram entre os tipos de treinos, o que apresentou maior intensidade e o MP de menor intensidade. Ressaltando o uso eficaz do monitoramento da carga interna de treinamento.

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