Intensidade do Exercício Determina a Aptidão Cardiorrespiratória e a Qualidade de Vida em Mulheres Infartadas
Por Magnus Benetti (Autor), Rafaella Zulianello dos Santos (Autor), Ricardo Amboni (Autor), Cintia Laura Pereira de Araujo (Autor), Jamile de Almeida (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 20, n 3, 2012. Da página 91 a 99
Resumo
Estudos que relacionam mulheres infartadas, exercícios físicos e saúde, têm contribuído para a compreensão da influência de hábitos sedentários com a incidência de doenças cardiovasculares nessa população. Objetivo: Comparar o efeito de diferentes intensidades de exercícios aeróbios sobre a capacidade funcional (VO2pico) e a qualidade de vida (QV) de mulheres pós infarto do miocárdio. Métodos: 42 mulheres (61,2 anos ± 3) participaram deste estudo prospectivo, com 12 semanas de treinamento físico de moderada intensidade (n= 14) a 70-80% da frequência cardíaca de pico, de baixa intensidade (n=14) a 50-60% da frequência cardíaca de pico, ou grupo controle (n=14), que recebeu acompanhamento clínico. O exercício aeróbio foi realizado cinco vezes por semana, 45 minutos por sessão, além de exercícios de resistência muscular e alongamentos. O VO2pico foi mensurado com teste cardiopulmonar e a QV avaliada pelo questionário MacNew. Resultados: ANOVA two-way revelou aumento significativo do VO2pico (p< 0,05) no grupo de moderada intensidade (21,65 ± 2,1ml/kg.min para 31 ± 2,8ml/kg.min) em relação ao grupo de baixa intensidade (24,1 ± 1,9 ml/kg.min para 26,9 ± 0,92 ml/kg.min), ainda, ambos os grupos de exercício aumentaram significativamente o VO2pico em relação ao grupo controle (23,35 ± 1,6 ml/kg.min para 22,5 ± 0,55 ml/kg.min) após intervenção. A QV teve melhora significativa (p