Intensidades de Treinamento Resistido e Pressão Arterial de Idosas Hipertensas - Um Estudo Piloto
Por Eline Silva da Cunha (Autor), Patrícia Angélica de Miranda (Autor), Silva Nogueira (Autor), Eduardo Caldas Costa (Autor), Eliane Pereira da Silva (Autor), Gardênia Maria Holanda Ferreira (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 18, n 6, 2012.
Resumo
INTRODUÇÃO: Observa-se que a literatura apresenta uma lacuna acerca da intensidade ideal de treinamento resistido para idosos hipertensos, os poucos estudos existentes utilizam treinamentos com diferentes intensidades.
OBJETIVO: Verificar o efeito de duas intensidades de treinamento resistido sobre a pressão arterial de idosas hipertensas controladas. Métodos: Dezesseis idosas hipertensas, controladas por medicação anti-hipertensiva, foram divididas em dois grupos através de sorteio. Nove pacientes foram submetidas a treinamento resistido moderado (G1) e sete, a treinamento resistido leve (G2). As pacientes realizaram oito semanas de treinamento resistido, com frequência de três vezes por semana em dias alternados, no período vespertino. Os exercícios realizados foram respectivamente: leg press, supino reto, extensão de joelhos, puxada frontal, flexão de joelhos, abdução de ombro, abdução unilateral de quadril com cross over e rosca direta com barra.
RESULTADOS: As pacientes do G1 apresentaram redução tanto nos valores de repouso da pressão arterial diastólica (PAD) p < 0,03, como da pressão arterial média (PAM) p < 0,03. O G2, por sua vez, apresentou redução nos valores de repouso da PAM (p < 0,03) e uma tendência à redução na PAD (p < 0,06). A magnitude de queda em ambos os grupos foi superior aos valores apresentados na literatura.
CONCLUSÂO: Tanto o treinamento resistido moderado quanto o leve, mesmo quando iniciados na terceira idade, promoveram benefícios cardiovasculares. Ambos podem ser indicados como tratamento coadjuvante para idosas hipertensas controladas por medicação