Resumo
Interferência contextual é definida como o grau de interferência funcional encontrado em uma situação de prática, cujo efeito está ligado à aleatoriedade com que as tarefas são praticadas (MAGILL & HALL, 1990). O pressuposto básico do fenômeno interferência contextual sugere que a prática feita sob condição randômica produz melhor aprendizagem do que a prática feita sob condição em blocos. Esta pesquisa teve como objetivo testar o efeito da quantidade de variáveis manipuladas na prática randômica, no fenômeno da interferência contextual. O delineamento experimental constou de três grupos diferindo na quantidade de variáveis manipuladas durante o período de prática, e foi realizado em quatro fases: 1) pré-teste, 2) aquisição, 3) pós-teste e 4) testes de retenção e transferência. A tarefa consistia em fazer com que a bola, chutada ou arremessada, entrasse no gol. As variáveis manipuladas foram o tipo de habilidade (arremesso e chute), a distância de execução das habilidades ao gol, e o tipo de bola. Os dados foram tratados através de análise de variância fatorial com medidas repetidas (ANOVA), e os resultados não indicaram diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Conclui-se que, nas condições do presente estudo, a quantidade de variáveis manipuladas no contexto da prática randômica, não influencia a interferência contextual na aprendizagem de habilidades motoras. PALAVRAS CHAVES: Aprendizagem motora, interferência contextual, prática randômica, retenção, transferência.