Resumo

O presente texto objetiva discutir a respeito da pesquisa “DESCOLONIZE-CIS” (contextualizações e resultados), concernente a corpos, corporalidades, gênero, raça, sexualidades e esportes nos PALOPs – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, realizada (em desenvolvimento) no Ceará/UNILAB, de caráter pósdoutoral, tendo como população as estudantes de origem africana da UNILAB. Teoricamente fundamenta-se nos estudos de gênero, queer e epistemologias alternativas (africanas, latino-americanas e feminismos) e buscou-se conhecer a respeito de gênero, raça, sexualidades/ LGBTQIAP+ e esportes em países do recorte metodológico: Guiné-Bissau, Angola, Moçambique e São Tomé, buscando saber como se constitui e se experiência gênero no esporte nestes territórios, tendo em questão a força do combate interno à categoria queer/LGBT na maioria dos países do continente, considerando os debates de tradição versus o de contemporaneidade neste contexto. Financiada pela FUNCAP – Fundação Cearence de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, e CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico através do Edital de caráter de interiorização, frisando-se que foi necessário o deslocamento da pesquisadora para território africano (internacional) a fim de dar conta da pesquisa, e para melhor compreensão dos resultados, uma vez que, racismo e queer/LGBTQIAP+ fez parte do estudo, sendo temáticas que apresentou-se com complexidade e estranhamento pela grande maioria da população da pesquisa - mulheres heterossexuais e cisgênero. Com exceções a duas interlocutoras: uma lésbica e um homem-trans, tais categorias foram conhecidas e/ou vivenciadas no Brasil. Dentre os resultados, foi publicado um livro (e-book) de caráter introdutório a estas questões no continente global, focando estudos anteriores da pesquisadora proponente e enfatizando o referencial encontrado, realizado análises de estudos e narrativas; em seguida, foi produzido um filme/documentário (longa) discutindo as temáticas problematizadas, através de narrativas da própria população da pesquisa, que tem o lugar de fala.

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