Resumo

O ser humano não tem um desenvolvimento estático ao longo da vida. Desde a concepção à morte, são conhecidas transformações e modificações físicas, psicológicas e sociais, estando vulneráveis a restrições. As intervenções buscam reduzir efeitos destas restrições, pois crianças e adolescentes sofrem influência de vivências motoras empobrecidas no meio familiar e ambiente escolar. Objetivou-se avaliar efeitos de um programa de intervenção em escolares de oito a dez anos da rede pública de ensino do município de Matinhos/PR, Brasil. Foram avaliados 91 escolares, de oito a dez anos, do 3º, 4º e 5º ano, foram avaliadas pela Escala de Desenvolvimento Motor (EDM). Destas, 54 apresentaram risco de atraso no desenvolvimento. Das 54 crianças, 27 que realizaram semanalmente aulas de Educação Física curriculares foram randomizadas no Grupo Controle (GC), e 27 (Grupo Experimental – GE) foram submetidas a uma intervenção psicomotora, duas vezes na semana, durante quatro semanas. Após as intervenções, o GE e GC foram reavaliadas. Na análise do Quociente Motor Geral (QMG), verificou-se que em todos os anos, o GE apresentou aumento significativo comparado ao momento de avaliação, fato não observado entre crianças do GC. Houve elevação significativa das médias na reavaliação no GC e no GE, contudo, o GE apresentou diferenças significativas em relação ao GC, nas dimensões Motricidade Fina e Equilíbrio. A intervenção melhorou o QMG, a Motricidade fina e Equilíbrio em comparação com a aula de Educação Física tradicional.

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