Resumo

O objetivo deste estudo foi investigar a presença dos componentes que caracterizam a síndrome da Tríade da Mulher Atleta (TMA), bem como verificar a satisfação com a auto-imagem corporal em atletas de ginástica rítmica, comparando-as com adolescentes não atletas. Participaram da amostra 29 atletas femininas de ginástica rítmica de alto rendimento [15,0 ±2,8 anos], e 32 adolescentes não-atletas [15,0 ±1,6 anos]. Três questionários de auto-relato, validados, foram aplicados: 1°-Anamnese - informações gerais e nutricionais, rotina de treinamento e ciclo menstrual, 2°-Eating Attitudes Test- presença de comportamentos alimentares inadequados, de risco para o desenvolvimento de TA e o 3°- Body Shape Questionnaire- identificação do grau de distorção da auto-imagem corporal. Foi verificada a satisfação com a auto-imagem corporal, pela diferença da massa corporal total, medida pelos avaliadores e a declarada como ideal pelas mesmas. Realizou-se medidas antropométricas em todas as voluntárias adotando-se as padronizações internacionais da ISAK. Para a análise dos dados foi utilizado o programa Excel, (Microsoft 2000), com valor de p  0,05. O estudo constatou que todas as avaliadas, de ambos os grupos, apresentaram ausência da presença da Tríade da Mulher Atleta. Porém, em uma ginasta (3,4%) foi observada a presença de dois destes componentes simultâneos, e em quinze delas (51,7%) de um único componente, seja ele, TA, disfunção menstrual ou osteoporose. Conclui-se que, a modalidade ginástica rítmica pode ser considerada risco para o desenvolvimento dos componentes da TMA, tornando a atleta vulnerável a presença de pelo menos, um dos três componentes que caracterizam a TMA.

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