Investigação dos Efeitos da Hidroginástica Sobre o Equilíbrio, o Risco de Quedas e o Imc de Mulheres na Terceira Idade: Um Estudo no Sesc-fortaleza
Por Jaina Bezerra de Aguiar (Autor), Holdayne do Nascimento Pereira (Autor), Mozart Cristiano Ferreira dos Santos (Autor), Rômmulo Celly Lima Siqueira (Autor), Fabiana Rodrigues de Sousa (Autor), Luilma Albuquerque Gurgel (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: Com o aumento crescente da população de idosos em todo o mundo,
a preocupação em garantir qualidade de vida para eles deve também ser aumentada.
As quedas ocasionadas pela diminuição do controle do equilíbrio corporal devem
ser evitadas, devido aos danos físicos e psicológicos causados. A presente pesquisa
foi realizada com o propósito de investigar os possíveis efeitos da hidroginástica
sobre o equilíbrio corporal, o risco de quedas e o índice de massa corpórea (IMC) de
mulheres da terceira idade. Material e Método: Esta pesquisa foi realizada no Serviço
Social do Comércio (SESC), em Fortaleza, com 40 mulheres, entre 60 e 80 anos,
sendo 20 praticantes de hidroginástica há mais de 6 meses e 20 sedentárias. O equilíbrio
foi avaliado através do Teste da Escala de Equilíbrio de Berg (EEB). Para se obter o
índice de risco de quedas, os escores obtidos na EEB foram aplicados na equação:
100% x EXP (10,46 - 0,25 x escore EEB + 2,32 x história de instabilidade) / [1 +
EXP (10,46 - 0,25 x escore EEB + 2,32 x história de instabilidade)]. Na história de
instabilidade foi atribuído o valor zero quando não houve relato de história de
instabilidade, e o valor um, quando houve. O IMC foi determinado pela fórmula:
peso(kg)/estatura(m)2 (balança com estadiômetro, marca Filizola®).A pesquisa foi
aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará.
Resultados:A média dos escores obtidos no teste da EEB no grupo das mulheres
praticantes de hidroginástica (55,15±0,20) foi significativamente maior (p<0,001)
que a média obtida no grupo sedentário (49,35±0,91). O percentual de mulheres
com história de quedas no grupo praticante de hidroginástica foi 33,33% menor
que o encontrado no grupo sedentário. A média do risco de quedas obtida no grupo
sedentário (38,77±5,47%) foi significativamente maior (p<0,01) do que encontrada
no grupo praticante de hidroginástica (20,55±2,76%). No grupo sedentário o IMC
foi classificado como normal em 30% das mulheres, 40% delas apresentaram
sobrepeso grau 1 e 30% apresentaram sobrepeso grau 2. No grupo praticante de
hidroginástica o IMC encontrava-se normal em 45% das mulheres, no entanto,
50% apresentaram sobrepeso grau 1 e 5% apresentaram sobrepeso grau 2.
Conclusões: Verificamos que a hidroginástica possivelmente contribui para a melhoria
do equilíbrio e conseqüente redução no risco de quedas de mulheres da terceira
idade, além de ajudar no controle da obesidade