Jogos e brincadeiras de matriz índigena e africana: decolonizando a gincana escolar em uma perspectiva emancipatória
Por Marcos Aurélio Guidetti de Moraes (Autor), Daniel Teixeira Maldonado (Autor).
Resumo
Apresento nesse projeto de pesquisa a ideia de Gincana Decolonial com propostas de práticas corporais com jogos de matriz indígena e africana que levem o(a) aluno(a) ao desenvolvimento crítico emancipatório. A Educação Física enquanto componente curricular obrigatório coleciona uma série de críticas à sua contribuição dentro da escola, já que em sua linha temporal é possível identificar o caráter meramente recreativo, descompromissado e alienante ou a redução à prática esportiva, na qual se selecionam os alunos e as alunas mais aptos(as) e se ignoram os(as) demais. Todavia, com a redemocratização do país em meados dos anos 1980, temos uma explosão de novos entendimentos sobre a função social desse componente curricular e qual seu papel dentro da escola. Nesse momento surgiram novas propostas curriculares, cada uma contribuindo em menor ou maior grau para a legitimidade da Educação Física Escolar. Ainda é importante ressaltar que muitas teorias curriculares surgem nesse momento histórico, carregando suas premissas ontológicas e político-pedagógicas, como o currículo sistêmico, crítico-emancipatório, crítico-superador, plural e cultural. Todas essas perspectivas foram produzidas a partir de inspirações teóricas críticas e pós-críticas em currículo. Existe e é muito forte ainda dentro das escolas a ideia de colonialidade, especificamente nas aulas de Educação Física, com reproduções temáticas de matriz estadunidense e eurocêntrica. Nesse contexto, o principal objetivo deste trabalho é apresentar uma intervenção temática da cultura indígena e africana, tendo como culminância a Gincana Decolonial, que será realizada nas aulas de Educação Física Escolar nas séries iniciais do Ensino Fundamental, em uma EMEB do município de BatataisSP.