Jogos e Brincadeiras de Rua: o Brincar na Periferia de Rio Branco-Acre
Por Jeane de Castro Araújo (Autor), Anderson Pereira Evangelista (Autor), Ailton Vitório Souza (Autor), Adriane Corrêa da Silva (Autor).
Em XVI Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Nas relações construídas com a brincadeira, a criança agrega significados, códigos e linguagens, que são inseridos na sua cultura corporal. Devido a inserção tecnológica no meio infantil as brincadeiras têm-se tornado cada vez mais escassas. Nesta perspectiva de perda significativa do brincar na rua, surgiu a questão da pesquisa: quais os jogos e brincadeiras de rua que ainda são praticados na periferia de Rio Branco-Acre? O objetivo deste estudo foi identificar os jogos e brincadeiras de rua que ainda são praticados e não caíram no esquecimento na periferia de Rio Branco-Acre. A partir deste estudo de caso, realizando observações, notas de campo, entrevistas semiestruturadas e instrumentos de áudio e fotografias, no bairro Cidade do Povo, onde através da coleta de dados em 5 ruas, com 12 crianças com idade entre 6 e 12 anos e seus respectivos pais, totalizando 24 participantes, conseguimos ampliar a base de conhecimento para estruturar a pesquisa. Inúmeras brincadeiras puderam ser vistas e relatadas pelas crianças durante a pesquisa. Podemos concluir que os jogos e brincadeiras de rua, são muito presentes no ambiente pesquisado, todavia, a significação do brincar não é tão entendida pelos pais das crianças, uma vez que não é uma prática pronta e acabada, mesmo que não seja tão perceptível no censo comum, a prática regular de jogos e brincadeiras proporcionam às crianças o desenvolvimento motor, cognitivo e fomenta à promoção da saúde. Para além do disposto é notória a segregação por gêneros, ocasionando uma micro divisão social.