Jogos e Brincadeiras na Pedagogia Histórico Crítica no Ensino Fundamental Ii
Por Fernanda Gabriela de Rezende Casagrande (Autor), Ieda Mayumi Sabino Kawashita (Autor), Willian Davi Silva (Autor).
Resumo
Um grupo do PIBID (Projeto Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência) do IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho, Educação Física, trabalhou em uma escola estadual de ensino fundamental II, propondo o tema Jogos e Brincadeiras, contextualizadas com a cultura dos alunos de forma a serem refletidas e discutidas. Para isso utilizamos a pedagogia Histórico- Crítica, o projeto tem como tema a discussão de gênero, pois o mesmo é uma constante nas aulas de Educação Física. Objetivo do presente trabalho é relatar uma experiência com jogos e brincadeiras tendo como abordagem pedagógica a pedagogia histórico-crítica. Durante o primeiro semestre letivo de 2017 aplicamos 11 aulas, trabalhamos em o conteúdo de jogos e brincadeiras tradicionais, com duas turmas do 9º ano, ambas com em média 30 alunos. Utilizando a Pedagogia Histórico-Crítica, a pesquisa é qualitativa e para coleta de dados utilizamos diário de campo e imagens. Durante as primeiras aulas já apreciam alguns estereótipos de gênero como por exemplo na divisão das equipes e na participação efetiva das meninas nas atividades. A partir deste momento tomamos a iniciativa de propor atividades conhecidas, mas com regras diferenciadas, ressaltando a importância das meninas no jogo, assim elas puderam se fazer presentes e discutir quanto às regras criadas. Como no período das intervenções houve diversas discussões políticas, que gerou paralisação da escola em questão, o grupo e os coordenadores tomaram a decisão de trabalhar atividades que envolviam temas que geraram este episódio, para assim gerar discussões quanto ao assunto. Houve uma troca do professor responsável pelas turmas, o professor permitiu que as nossas intervenções continuassem, mas diferente do esperado o professor não se comprometeu de fato com o projeto, e isso foi uma dificuldade. Também, em alguns momentos os alunos tinham que criar algumas atividades e neste momento surgiram algumas reclamações por parte deles quanto a dificuldade, mesmo assim mantemos a mesma ideia mas fizemos isso de forma que os alunos não notassem que estavam, a pedagogia nos auxiliou muito pois na catarse podemos observar que os alunos sabiam criar e discutimos isso com a turma. Com a realização das intervenções foi possível notar que o gênero está muito presente em diversos momentos e em diversas práticas de nosso cotidiano, e deve ser trabalhado dentro da escola. Além disso, observamos que os alunos têm dificuldade em criar pois em poucos momentos são expostos a essa necessidade então quando proposta a criação muitas vezes eles se sentem inibidos e pensam que não sabem.