Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar o que estudos empíricos envolvendo as infâncias na educação formal (Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental) revelam sobre as noções de gênero presentes em situações de jogos e brincadeiras. Para tanto, realizamos levantamento de artigos acadêmicos publicados entre os anos de 2009 e 2019 em sete periódicos da Faculdade de Educação (FE) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a base de dados Scielo. Utilizamos nas buscas os seguintes termos, sempre acompanhados da palavra gênero: jogo(s), jogar, brincadeira(s), brincar, brinquedo(s), ludicidade, lúdico(s) e lúdica(s). Ao todo, obtivemos 9 artigos. A partir da leitura integral dos trabalhos, os seguintes tópicos foram organizados para análise: (i) gênero e docência: implicações nas brincadeiras infantis, (ii) preferências de atividades lúdicas e de parceiros em jogos e brincadeiras, e (iii) noções de feminilidade e masculinidade. Os estudos analisados explicitam a complexidade das relações entre o lúdico e as noções de gênero. Estereótipos de gênero aparecem com intensidade nas brincadeiras generificadas e nos discursos e mediação de educadores(as). É possível perceber a brincadeira como manifestação que acompanha a manutenção das normas vigentes, contudo, as práticas lúdicas também podem emergir como ato de subversão a essas normas.

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