Jogos Escolares Brasileiros: Vestígios Acadêmicos a Maneira de Uma Revisão de Literatura

Os Jogos Estudantis Brasileiros foram criados no final dos anos 60 e tinham como finalidade a descoberta de talentos esportivos e o fomento de uma relação segura entre os atletas escolares e o governo. Durante mais de cinco décadas, este evento mudou várias vezes de nomenclatura, incluiu novas modalidades, teve diferentes organizadores e finalidades. O objetivo deste artigo foi levantar informações acerca das cinco décadas de existência dos Jogos Escolares Brasileiros, levando em consideração as suas diferentes denominações ao longo do tempo. Esta é uma pesquisa de revisão bibliográfica. Buscou-se no Google acadêmico e no Portal de Busca Integrada da Universidade de São Paulo artigos relacionados aos Jogos Escolares Brasileiros e todas as variações de nomenclatura deste evento. Para análise dos 22 artigos selecionados foram criadas duas unidades temáticas e quatro subunidades. As pesquisas aqui selecionadas dependeram em grande parte da disponibilidade de documentos oficiais para sua realização. Ter o acesso a estes documentos, possibilitou entrar em contato com a riqueza de detalhes deste evento, que confirmam sua importância para o engajamento de jovens no esporte e seu papel na formação de atletas. Por isto, a preservação deste material, impresso e digital, em bibliotecas do poder público como as do Ministério do Esporte e Ministério da Educação, nas bibliotecas dos cursos de Educação Física e Esportes, e do setor privado, como a biblioteca do Comitê Olímpico do Brasil (COB) é de vital importância para a preservação da memória do esporte escolar

Referências

1 Thompson I, Amaral WJ, Garcia CA, Moraes RM. Esporte estudantil brasileiro. In DaCosta LP. Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape; 2005. P. 809-811.
2 Tubino MJ. Estudos brasileiros sobre o esporte: ênfase no esporte- educação. Maringá: Eduem; 2010.
3 Arantes AAC, Silva FM, Sarmento JP. Jogos Escolares Brasileiros: reconstrução histórica. Motricidade. 2012;8(2):916-924.
4 Kiouranis TDS. O marco de 1989: uma reflexão sobre os XVIII Jogos Escolares Brasileiros. Movimento. 201723(3):907-918.
5 Tani G. Estudo do comportamento motor, educação física escolar e a preparação profissional em educação física. Revista Paulista de Educação Física. 1992;6(1):62-66.
6 Gaya ACA. Crescimento e desempenho motor em escolares de 7 a 15 anos provenientes de famílias de baixa renda. Movimento. 1997;4(6):1-24.
7 Castellani LF. Esporte e mulher. Motrivivência. 1989;(2):87-92.
8 Bracht V. Esporte na escola e esporte de rendimento. Movimento. 2007;6(12):14-24.
9 Brasil. Lei nº 10.624 de 16 de julho de 2001 [citado 17 dez 2022]. Lei Agnelo Piva. 16 Jul 2001. Brasília, DF: Diário Oficial da União; 2001.
10 Brasil, Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de 2018. Dispõe sobre o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), sobre a destinação do produto da arrecadação das loterias e sobre a promoção comercial e a modalidade lotérica denominadas apostas de quota fixa. 12 Dez 2018. Brasília, DF: Diário Oficial da União; 2018.
11 Arantes AAC. Cinco décadas de Jogos Escolares Brasileiros ou múltiplos eventos escolares em cinco décadas. Olimpianos – Journal of Olympic Studies. 2022; 6:45-59.
12 JEBS. Regulamento Geral dos Jogos Escolares Brasileiros 2021 [citado 22 mai 2022]. 2021. Disponível em https://jebs.com.br/wp-content/uploads/2021/10/Regulamento-Geral-JEBs-1.pdf.
13 COB. Jogos da Juventude: Regulamento Geral 2022. [citado 15 nov 2022]. 2022. Disponível em: https://www.cob.org.br/pt/cob/documentos/jogos-da-juventude-documentos/jogos-da-juventude-2022?busca=regulamento+dos+jogos.
14 Gil AC. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas; 2007
15 Creswell JW. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed, 2010.
16 Marconi MA, Lakatos EM. Fundamentos da metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2010.
17 Arantes AAC, Silva FM, Sarmento JP, Bravo G, Melo GF. A percepção dos gestores de esporte sobre Jogos Escolares Brasileiros. Pensar a Prática. 2019;22:1-13.
18 Arantes, AAC. Diferentes olhares sobre os Jogos Escolares Brasileiros: retrospectiva, perspectiva dos gestores, nível técnico e atletas olímpicos [tese]. Brasília, DF: Universidade de Brasília; 2019.
19 BRASIL. Lei nº 9.615 de 24 de março de 1998. Lei Pelé: institui normas gerais sobre desporto [citado 24 nov 2022]. Brasília, DF: Diário Oficial da União; 1998.
20 Costa JM. Esporte escolar no Brasil: contradições e possibilidades. Revista Kinesis. 2015; 33(1):71-86.
21 Gruppi DR. Trajetórias dos jogos escolares brasileiros para os jogos dos povos indígenas. ATHLOS. Revista Internacional de Ciencias Sociales de la Actividad Física, el Juego y el Deporte. 2016; 10(1):1-21.
22 Kiouranis TDS. Os jogos escolares brasileiros chegam ao século XXI: reprodução ou modernização na política de esporte escolar? [tese]. Curitiba: Universidade Federal do Paraná; 2017.
23 Kiouranis TDS, Cruz KS, Neto ETO, Marchi WJ. Do que é feito um campeão? Análise do sucesso esportivo a partir de resultados dos Jogos Escolares Brasileiros (2007-2015). Research, Society and Development. 2022;11(4):1-12.
24 Loss JF, Soares DP, Durajski MR, Pacheco D. Medida de velocidade em diferentes modalidades esportivas utilizando cinemetria. Anais do VIII Congresso Brasileiro de Biomecânica. Florianópolis: UFSC; 1999.
25 Ramos V, Tavares FJS. A seleção de jovens atletas de basquetebol: estudo com técnicos brasileiros. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. 2000;2(1):42-49.
26 Silva G, Gaya A. Talento Desportivo: um estudo dos indicadores somáticos e motores na seleção de jovens escolares masculinos para o handebol. Revista Perfil. 2002;6(6):97-102.
27 Costa YP, Batista JC, Cruz PA, Batiste GR. Ações de levantamento: indicadores de rendimento no voleibol escolar. Revista Brasileira do Esporte Coletivo. 2017;1(2):4-9.
28 Arantes ACA, Martins FM, Sarmento P, Melo GF. O papel da Olimpíada Escolar na formação de atletas brasileiros. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2018;32(3):475-81.
29 Arantes AAC, Rubio K, Melo GF. Dos Jogos Escolares Brasileiros às Olimpíadas: a trajetória escolar de atletas olímpicos brasileiros. Rev. Bras. Ci. e Mov. 2020;28(1):51-59.
30 Pasquali L. Inventário de personalidade para atletas. Educação e Seleção. 1984;(10):91-106.
31 Kalinine I, Giacomini LC, Augustini AT. Investigação das peculiaridades tipológicas do sistema nervoso dos atletas jovens do handebol (masculino), vencedores dos IV Jogos da Juventude do Brasil. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. 2000;21(2):24-29.
32 Rodrigues MV. Liderança do treinador e satisfação de atletas escolares [tese]. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba; 2014.
33 Zambrin LF, Paludo AC, Santos ODSMD, Oliveira SRDS, Simões AC, Serassuelo HJ. Análise do comportamento competitivo de atletas jovens e adultos de handebol. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. 2016;30:505-513.
34 Rodrigues VM, Saldanha AAW. Liderança e satisfação no esporte escolar: teste da hipótese da congruência do modelo multidimensional de liderança. Psicologia: Ciência e Profissão. 2016; 36(3):653-667.
35 Pizzo GC, Contreira AR, Sitoe AS, Moreira CR, Caruzzo AM, Vieira LF. Estilos de suporte parental para a prática esportiva: uma investigação em jovens atletas brasileiros. J Phys Ed. 2016;85(2):92-101.
36 Torres VBC, Caruzzo NM, Sindice-Silva L, Rufino EA, Batista GR. Desempenho técnico-tático e estados de humor: indicadores entre vitória e derrota em atletas jovens de voleibol de praia. Research, Society and Development. 2020;9(8):1-15.
37 De Bosscher V, De Knop P, Bottenburg M, Shibli S, Bingham J. Explaining international sporting success: an international comparison of elite sport systems and policies in six countries. Sport Management Review. 2009;12:13-136.

Acessar