Jogos Esportivos Coletivos: do Corpo Máquina à Corporeidade Complexa
Por Marcus V Simões de Campos (Autor), Alcides José Scaglia (Autor), Wagner Wey Moreira (Autor).
Em XVI Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Estudos e pesquisas contemporâneos revelam o sentido da complexidade presente na vivência corporal e no sentido de jogar. Também há nos dias atuais pesquisas sobre a pedagogia do esporte evidenciando que o jogo é elemento fundamental no processo do ensino e do treinamento dos Jogos Esportivos Coletivos (JEC), pois nele encontramos a imprevisibilidade. Considerando estes fundamentos o artigo em pauta, de cunho reflexivo e com enfoques na fenomenologia e nas teorias sistêmica e da complexidade, em especial em Merleau-Ponty, Fritjof Capra e Edgar Morin, tem por objetivo levantar pressupostos para uma compreensão da complexidade do jogo a partir da noção de corpo-sujeito, associando a estes noções observadas nos processos de aprendizagem e treino em JEC. Entendemos o ser humano como dotado de movimento intencional na direção da auto superação, exercendo seus aspectos inteligível, sensível, práxico e transcendente, componentes estes também presentes no ato de jogar e aprender esportes. Esperamos com esta postura colaborar para a superação do enfoque e trato do corpo objeto, com bases apenas centras nas estruturas anátomo-fisiológicas ainda encontradas de forma hegemônica nos trabalhos de ensino e aprendizagem dos JEC junto aos corpos de alunos na Educação Física e no trato do atleta em treinamento.