Resumo
Durante o desenvolvimento de projetos esportivos sociais para jovens tem crescido consideravelmente, e acreditamos que com a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 na cidade do Rio de Janeiro, o número de projetos, aumentaram ainda mais. Entretanto o acompanhamento realizado pelo meio acadêmico tem sido pequeno no Brasil já que é bem reduzido o número de trabalhos acadêmicos sobre esse tema. Neste sentido este trabalho investigou as contribuições dos Projetos GIBI (GRUPO DE INICIAÇÃO AO BASQUETE INFANTIL) e do PROJETO GRAEL, projeto de vela e náutica dos irmãos Torben e Lars Grael, campeões olímpicos em suas modalidades. Investigamos tanto as relações que os projetos tem com os Jogos Olímpicos de 2016, como também seus resultados sociais no que diz respeito principalmente a prevenção da criminalidade e melhoria escolar. Para tanto foram empregadas entrevistas semi-estruturadas a diretores, coordenadores e professores do projeto, além de observações das aulas e pesquisa documental. Os resultados indicam as seguintes contribuições em ambos os projetos: desenvolvimento de conhecimento relativo aos benefícios para a saúde; interesse na continuidade dos estudos, após o término do ensino fundamental e médio, sendo que foi demonstrado um interesse especial pelo curso de Educação Física; melhoria no desempenho escolar; identificação negativa com o comportamento de indivíduos delinqüentes e o potencial dos esportes para desestimular o uso de drogas. No caso do Projeto Grael observou-se também a ampliação do conhecimento, participação, atitude e consciência ligadas às problemáticas ambientais, por se tratar de um esporte ligado à natureza e praticado ao ar livre. Verificou-se que a principal diferença entre eles, está em como cada um se relaciona com os Jogos Olímpicos. No caso do Projeto GIBI sua relação é bem estreita apesar de não ser oficial, pois ele surgiu, segundo as palavras do próprio fundador, aproveitando o gancho dos Jogos Olímpicos e tem como um de seus objetivos principais descobrir talentos olímpicos, diferente do Projeto Grael que surgiu em 1996, bem antes de qualquer relação da cidade do Rio de Janeiro com os Jogos Olímpicos e foca seu principal objetivo na inclusão.