Jogos de Oposição na Educação Física Escolar e Suas Implicações na Arte de Lutar
Parte de Metodologia do Ensino das Lutas na Educação Física Escolar . páginas 143 - 168
Resumo
É importante discutirmos alguns conceitos sobre os jogos de oposição antes de sugerirmos algumas atividades para este fim. Em um trabalho publicado por Lemos e Ravanello (1993), abordando as questões do “lúdico ao agonístico” nos esportes e nas atividades da EFE ficou claro nas discussões dos autores que:
A atividade esportiva é que predomina entre as oferecidas na educação física escolar. Muitos professores até mesmo não conseguem perceber o desenvolvimento do seu trabalho fora do âmbito do atletismo, vôlei, basquete, futebol e handebol. A ginástica, a dança e a recreação conseguem um pequeno espaço nas práticas de movimento oferecido pelas escolas (Ibid., p.25).
Esta situação não é diferente para o ensino das lutas. Embora as lutas sejam temas propostos para as aulas de EFE há muito tempo, somente depois da indicação no Brasil (1997) que realmente começou o movimento de inseri-la e ensiná-la na EFE, ainda que modestamente. Neste caso, especificamente, além de os professores de EFE não “perceberem” o trabalho neste “âmbito”, poucos são aqueles que são instrumentados pedagogicamente para o ensino deste conteúdo.
O avanço que se destacou em seguida ao Brasil (1997) foi à apresentação de proposta para a inserção dos conteúdos lutas nas aulas de EFE, abordando-as como atividades recreativas que se assemelhavam aos procedimentos técnicos das lutas. No nosso entendimento acabou se descaracterizando a temática luta.
Contudo, alguns estudos caminharam no sentido de aproximar as atividades recreativas dos procedimentos técnicos das lutas, como os “jogos de oposição”, ou ainda, “jogos de combate”. Estudos esses apresentados por alguns autores, tais como: Olivier (2000); Souza Júnior; Oliveira; Santos (2010), Souza Júnior; Santos (2010); Cartaxo (2011)