Resumo

Publicado: 22/08/2022  Atualizado: 23/08/2022 as 15:02

Em julho de 2016 eu caminhava pelos corredores da Universidade Federal do Sul da Bahia, em Porto Seguro, cobrindo a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), quando dei de cara com o então presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Hernan Chaimovich. “Cuidado que esse aí é perigoso”, disse o professor aos seus assistentes, logo que eu me aproximei, bloquinho e caneta em mãos, sempre pronto para uma entrevista.

À época eu trabalhava para o Estadão, jornal ao qual dediquei quase 20 anos da minha vida. Confesso que fiquei incomodado com o comentário no início; mas hoje entendo que foi um elogio — embora embrulhado numa ironia ácida que é característica do Hernan, um bioquímico e Professor Emérito do Instituto de Química da USP, com uma longa ficha de contribuições para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil. (Aliás, aproveito para devolver o elogio e dizer que ele é um dos cientistas mais “perigosos” deste país, no melhor sentido da palavra.)

Acessar