Resumo

Resumo: O judô é uma das modalidades inclusas nos jogos paralímpicos e vem mostrando grande crescimento no Brasil em resultados e em número de praticantes. No entanto, as atuais práticas de aprendizado e sua influência no envolvimento e permanência do praticante no esporte ainda são pouco abordadas na pesquisa científica. O objetivo desse estudo foi realizar um levantamento sobre a atuação profissional de treinadores de judô paralímpicos de diferentes países das Américas e Europa no processo de iniciação esportiva com crianças, jovens e adultos. Esta pesquisa de caráter quantitativa utilizou do método survey com escala likert de 5 pontos para mapear o tempo de experiência como treinador, formação acadêmica, atuação profissional e materiais utilizados por esses treinadores de referência. As questões sobre a atuação profissional foram divididas em dois grupos: tradicional e inovador. Essa investigação contou com a participação de 20 treinadores de judô paralímpico de 11 países das Américas (Brasil, Argentina, Colômbia, México, Chile, Honduras, Estados Unidos, Canada, Porto Rico) e Europa (Grã-Bretanha e França) que participaram dos Jogos Parapan Americanos de Jovens ¿ São Paulo 2017, American Judo Championships IBSA ¿ São Paulo 2017 e Gran Prix Internacional de Judô Paralímpico ¿ São Paulo 2017. Todos os treinadores possuem curso superior sendo em sua maioria em Educação Física ou similar 70% (14). Os materiais utilizados citados pelos treinadores foram: cordas (25%) bolas (23,3%), panos (11,6%), balões (10%), arcos (10%), pregadores (6,6%), cordas elásticas (5%), halteres (1,6%), cones (1,6%), faixas (1,6%), meias (1,6%) e mascaras (1,6%). A partir da análise estatista no programa SPSS, foi realizado o teste de Wilcoxon, mediana e moda, revelando diferença significante (p<0.05) entre as respostas de ambas as categorias, revelando que todos os treinadores participantes mesclam em sua atuação profissional aspectos relacionados a categoria tradicional e inovadora, porém com maior ênfase nos aspectos inovadores. Já a partir do teste de Mann-Whitney não foi encontrada relação significativa (p>0.05) entre a formação acadêmica, tempo de experiência como treinador de judô e judô paralímpico com as respostas das duas categorias As questões com o maior percentual (75%+) de número 5 (extremamente) na escala likert entre os treinadores foram: a utilização do tato e comunicação verbal para auxiliar no ensino de alunos com deficiência visual; a importância de sempre buscar novas estratégias de ensino e a importância em manter a tradição do ensino do judô para os alunos com deficiência visual. Acreditamos que os resultados desta pesquisa tragam novas perspectivas, baseada em treinadores de referência da modalidade, aos futuros treinadores de judô paralímpico, possibilitando novas abordagens e práticas profissionais

Citação: BAIÃO JÚNIOR, Arlindo Antonio. Judô paralímpico: atuação profissional na iniciação esportiva. 2019. 1 recurso online (59 p.). Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física, Campinas, SP.

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