Resumo

Com a expansão urbana, verifica-se uma grande perda de parte das reservas verdes existentes nas cidades, isto se dá tanto pelo crescimento desordenado e a busca por mais espaço para novas construções, quanto pelo descuido por parte do poder público quanto à política de preservação e também por parte dos próprios moradores, por não possuírem consciência quanto ao cuidado com o ambiente natural. Entretanto, torna-se visível a necessidade de estar em contato com a natureza, tanto para o desenvolvimento pessoal quanto coletivo, pois traz cuidados com o outro e com o meio em que vivemos, em especial a natural e suas riquezas. Dessa forma, toda ação que objetiva a preservação e valorização de áreas verdes, de forma geral, torna-se importante na luta contra o desmatamento e descuido por parte dos moradores, poder público e outros. Neste sentido, a presente pesquisa corresponde ao relato de uma intervenção pedagógica realizada em uma Área de Proteção Ambiental da região metropolitana de Belém, na Amazônia, denominada de “Refúgio de Vida Silvestre” (REVIS), na qual tem por característica a presença de moradores habitando o lugar, haja vista sua condição como comunidade tradicional e ribeirinhos, que construíram suas vidas neste ambiente. Assim como em outras áreas ambientais que permitem a presença humana, parte desses moradores necessitam de educação ambiental, a fim de criar uma consciência quanto a preservação da natureza e tudo que a constitui. Sendo assim, o objetivo da intervenção foi proporcionar, por meio de vivências críticas de lazer, possibilidades de conscientização ambiental dessa população sobre a importância de cuidar desse espaço e das riquezas existentes nele. Dessa forma, foram elaboradas atividades que fortalecessem o sentido de pertencimento e trouxessem a ideia de cuidado e preservação ambiental, como alternativas de separação e reciclagem de lixo, gincanas que trabalharam aspectos e técnicas de educação e preservação ambiental, dentre outras vivências. Esta ação se deu por meio da parceria entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e a Universidade Federal do Pará – Campus Castanhal e contou com a coordenação de uma docente e 10 discentes do curso de Educação